Vice-campeão argentino em 1980, o Racing de Córdoba conquista o acesso e volta à segundona após 17 anos | OneFootball

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·16 de novembro de 2022

Vice-campeão argentino em 1980, o Racing de Córdoba conquista o acesso e volta à segundona após 17 anos

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A temporada de 2022 guardará lembranças especiais para diferentes torcidas em Córdoba. O Talleres fez sua melhor campanha na história da Libertadores, ao alcançar as quartas de final, embora tenha perdido a decisão da Copa Argentina. O Belgrano conquistou o título e o acesso da segunda divisão – tanto no masculino quanto no feminino. O Instituto também pode subir à elite, na final dos playoffs contra o Estudiantes de Buenos Aires. E o último final de semana guardou a festa do Racing de Córdoba. Os albicelestes estavam distantes da segunda divisão do Campeonato Argentino desde 2005, até finalmente interromperem o drama. Conquistaram o Torneio Federal A, a terceira divisão local, e jogarão a segundona em 2023.

Talleres e Belgrano são os dois principais clubes de Córdoba, mas o Racing também possui um peso grande dentro do contexto futebolístico local. Fundados em 1924, sob inspiração do homônimo de Avellaneda, os albicelestes possuem oito títulos na liga cordobesa, acumulados a partir da década de 1960. E em tempos nos quais as competições regionais também serviam de classificatório para o Campeonato Argentino, no chamado Torneio Nacional, o Racing teve os seus sucessos. A estreia na elite aconteceu em 1978, enquanto o ápice veio em 1980, quando os racinguistas terminaram com o vice-campeonato no Torneio Nacional. A Academia Cordobesa teve o gosto de eliminar nas quartas o Argentinos Juniors de Diego Maradona e na semifinal teve uma imensa classificação diante do Independiente de Ricardo Bochini. Somente na decisão, contra o Rosario Central, é que os albicelestes sucumbiram.


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Promovido de vez à elite do Campeonato Argentino em 1982, o Racing de Córdoba acumulou 16 participações na primeira divisão – somando também o Torneio Nacional e o Metropolitano. O rebaixamento aconteceu em 1990, para nunca mais voltar. A partir de então, a Academia Cordobesa passou a transitar nas divisões de acesso. Ficou pouco na segundona, com aparições esparsas de 1990 a 2005. Neste período de sobe e desce, a equipe teria inclusive passagens pela quarta divisão. E foi de lá que os racinguistas precisaram sair para a guinada atual.

O Racing de Córdoba conquistou o acesso de volta para a terceira divisão em 2020/21. Depois disso, disputou o Torneio Federal A ainda em 2021. Os albicelestes venceram o seu grupo regional, mas perderam a disputa do acesso direto para o Deportivo Madryn e depois sucumbiram nos playoffs durante a semifinal contra o Chaco for Ever. Teriam que esperar mais um ano, até que a promoção finalmente acontecesse em 2022. O detalhe é que a disputa seria bem mais dura, com somente um acesso em jogo para 34 participantes da atual edição.

De novo, o Racing sobrou na fase classificatória e liderou de ponta a ponta seu grupo regional. Desta vez, com a mudança de regulamento, não teria mais uma decisão pelo acesso direto, mas uma longa disputa de playoffs a partir das oitavas de final. Em jogos únicos, os albicelestes passaram fase a fase. Bateram Sportivo Las Parejas, Central Norte e Sarmiento, até a final contra o Villa Mitre, no campo neutro de La Pedrera. Depois do empate por 0 a 0, o acesso foi comemorado com a vitória por 5 a 4 nos pênaltis, graças a uma defesaça do goleiro racinguista Leonardo Rodríguez.

Chegar à segunda divisão é um grande passo para o Racing de Córdoba. Depois de tamanha espera, o clube se coloca num nível mais condizente à sua história, como antigo figurante da elite nacional. Resta saber se poderá reeditar o clássico contra o Instituto. Curiosamente, os albirrojos possuem também 16 temporadas na primeira divisão e podem superar os albicelestes caso vençam os playoffs de acesso contra o Estudiantes de Buenos Aires, no que seria um retorno à elite depois de 16 anos. Para o futebol de Córdoba, seria fantástico o terceiro acesso da temporada. Porém, os racinguistas certamente têm outros planos, para que a rivalidade seja retomada numa divisão nacional como não acontece desde 2002.

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