Papo na Colina
·10 de outubro de 2024
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Em uma decisão recente do Tribunal de Justiça de São Paulo, a juíza Melissa Bertolucci permitiu a divulgação pública dos contratos que envolvem a venda da SAF do Vasco para a 777 Partners. A ação, movida pela consultoria KPMG, responsável pela intermediação da venda, reivindica um pagamento pendente de R$ 24,5 milhões pelos serviços prestados, dos quais apenas R$ 6,6 milhões foram recebidos até o momento. A partir dessa ação, os documentos de 394 páginas foram abertos, jogando luz sobre o acordo de acionistas firmado entre Vasco e 777 Partners. A informação é do site Globo Esporte.
Embora o processo não tenha revelado todos os detalhes financeiros da negociação, alguns aspectos importantes já são conhecidos. A 777 Partners se comprometeu a quitar as dívidas da associação civil do Vasco e realizar investimentos anuais na SAF, totalizando até R$ 700 milhões. Além disso, outro valor significativo foi destinado à estruturação da empresa.
Abaixo, os principais compromissos financeiros já conhecidos:
O contrato estipulava que a 777 Partners deveria investir pesadamente no futebol do Vasco, incluindo a folha salarial e a compra de direitos federativos. Entre 2022 e 2023, foram prometidos R$ 360 milhões para esse fim, com um orçamento anual de R$ 250 milhões até 2026. Para 2027, a meta era posicionar o Vasco entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro ou garantir um desempenho esportivo relevante, como a classificação para a Libertadores.
Além dos investimentos no elenco, havia a previsão de R$ 25 milhões para a modernização dos centros de treinamento do clube, com prazo até 2024.
Um dos maiores problemas enfrentados na parceria entre Vasco e 777 Partners é o atraso nos aportes financeiros. Em maio de 2024, a diretoria do Vasco entrou com uma ação judicial para retomar o controle da SAF, alegando que a parcela de setembro de 2023 não havia sido paga. O contrato previa uma cláusula de proteção para o Vasco, permitindo que o clube emitisse um título no valor de R$ 1.000 caso a 777 falhasse em cumprir com seus compromissos, recuperando assim o controle da SAF.
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Por outro lado, a 777 Partners também possuía um mecanismo de defesa que lhe permitiria retomar o controle da SAF caso pagasse a parcela atrasada com juros, mas isso só poderia ser utilizado uma vez.
A renegociação da venda da SAF do Vasco também está cercada de limitações. Durante o chamado período de “lock-up”, a 777 Partners não pode vender a SAF até que todos os aportes financeiros sejam feitos. Além disso, existem restrições quanto ao perfil de potenciais compradores, proibindo a venda para outras entidades esportivas ou grupos controladores de clubes de futebol.
No momento, a atual gestão do Vasco, liderada por Pedrinho, optou por suspender judicialmente os contratos com a 777 Partners e buscar outras soluções no mercado.
Acompanhe mais informações sobre essa negociação que promete moldar o futuro do Vasco.
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