Velhas tradições nunca morrem: Rashford garante vitória do Manchester United contra o West Ham em pleno Fergie Time | OneFootball

Velhas tradições nunca morrem: Rashford garante vitória do Manchester United contra o West Ham em pleno Fergie Time | OneFootball

Icon: Trivela

Trivela

·22 de janeiro de 2022

Velhas tradições nunca morrem: Rashford garante vitória do Manchester United contra o West Ham em pleno Fergie Time

Imagem do artigo:Velhas tradições nunca morrem: Rashford garante vitória do Manchester United contra o West Ham em pleno Fergie Time

Já faz algum tempo que Sir Alex Ferguson não treina o Manchester United, você sabe bem. Em alguns momentos, porém, parece que o escocês está no mesmo lugar com o qual nos acostumamos, à frente do banco de reservas. Além dos títulos conquistados por Ferguson, a grande marca do período de quase três décadas foi a tendência a marcar gols no fim. Neste sábado (22), o Manchester United bateu o West Ham aos 48 da segunda etapa, em um lance tipicamente fergusoniano, digamos.

Pelo menos por hoje, Ralf Rangnick não teve de lidar com reclamações de Cristiano Ronaldo. O português, que jogou até o fim e deu apenas um chute no gol, não conseguiu ser aquele cara da salvação dramática nos acréscimos. Uma prata da casa ficou com essa incumbência.


Vídeos OneFootball


O contexto

Três dias atrás, houve alguma chiadeira de Ronaldo ao sair faltando pouco mais de 20 minutos da partida contra o Brentford, pela Premier League. O United venceu por 3 a 1 e precisava continuar sua retomada rumo à estabilidade. Nessa missão, o time vai bem, obrigado: em quarto lugar, passou o West Ham e recuperou sua colocação dentro do grupo dos classificados para a Liga dos Campeões. Especialmente por ter obtido êxito diante de um rival direto.

Essencialmente, o United de Rangnick produziu mais do que os Hammers e tem material humano superior ao de David Moyes. Isso não quer dizer obrigatoriamente que a lógica será seguida em todos os jogos. Os números reforçam a maior presença ofensiva dos Red Devils no embate de hoje: 18 chutes contra 6, no total, mas pouquíssimos no gol. Nesse contexto, o United conseguiu três, enquanto os Hammers arremataram apenas uma vez na direção de David De Gea, no caso, um chute acrobático de Michail Antonio defendido pelo arqueiro espanhol.

Quem vê partidas em Old Trafford desde a década passada ou antes disso, sabe que nunca se deve considerar um resultado resolvido antes dos acréscimos da segunda etapa, sobretudo se o placar está empatado ou em vantagem mínima. Bola vai, bola vem, a defesa dos Hammers estava em grande noite, e tudo indicava que veríamos mais um 0 a 0 modorrento, bastante coerente com o que o United tem feito na temporada. Mas nunca diga nunca no Teatro dos Sonhos.

Atores em papeis improvisados

Acostumado a completar lances, Edinson Cavani mudou de papel quando o relógio chegava aos 47 minutos da etapa final. O uruguaio cruzou para o meio da área, com muita gente dos dois lados ocupando espaços. E a bola teimou em passar na frente de Aaron Cresswell. Rashford, ligeiro, aproveitou da desatenção de seus marcadores para se posicionar bem na rota para dar um toque discreto. Quase impedido, o atacante mancuniano balançou as redes e fez o que qualquer um esperava que Cristiano fizesse. A vitória estava consolidada e o West Ham, que tanto havia resistido, ficou a 30 segundos ou um Fergie Time de roubar um pontinho na casa do adversário.

O gol é importante para Rashford e para o United. O atleta, que vem sofrendo para recuperar a sua melhor forma após lesões e cirurgias, certamente saboreou bastante o fato de ter saído como herói do dia. E a parte mais agradável para Rangnick é que, embora tenha sofrido para achar o seu gol, o United pareceu um pouco mais harmônico na transição que vem enfrentando desde a saída de Ole Gunnar Solskjaer, que visivelmente engessou parte do desenvolvimento possível do elenco.

A vitória fez um certo Red Devil escocês sorrir à toa em casa. Aquele que foi dono dos sonhos das arquibancadas de Old Trafford e reaparece de maneira mística a cada vez que alguém faz um gol na conta do chá, nos acréscimos ou quando o árbitro está apenas esperando para levar o apito à boca. Tudo que o United quer é voltar a ser vencedor como nos tempos de Sir Alex Ferguson, viciado em vencer.

Standings provided by SofaScore LiveScore

Saiba mais sobre o veículo