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Trivela

·27 de junho de 2022

US Soccer se pronuncia contra decisão da Suprema Corte em relação ao aborto nos EUA

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A seleção americana feminina entrou em campo neste domingo, no Colorado em uma vitória por 3 a 0 sobre a Colômbia. A vitória aumentou a série de jogos invictos do time para 68, uma marca muito importante. Apesar disso, o que gerou expectativa foi saber como o time feminino dos Estados Unidos se manifestaria após a decisão da Suprema Corte que derrubou o direito ao aborto no país. Mais do que manifestação das jogadoras, houve um comunicado institucional da US Soccer, a Federação Americana de Futebol.

“Assim como nosso time representa os Estados Unidos em campo hoje [neste domingo] no Colorado, a ocasião serve como lembre dos direitos e liberdades pelo qual as mulheres e suas aliadas lut5aram, conquistaram e merecem”, afirma a nota publicada pela US Soccer antes da partida.


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“A decisão da Suprema Corte no dia 24 de junho é contra as liberdades prometidas como nação e como pessoas. A US Soccer irá defenderá em todas as oportunidades os direitos humanos, incluindo o de tomar decisões pessoais de saúde, pois não há igualdade sem autonomia corporal”, diz ainda o comunicado.

Depois da partida, Becky Sauerbrunn contou que a US Soccer trabalhou com as jogadoras sobre o assunto, assim como fez com o time masculino na manifestação da entidade tomando posição de ter um controle maior de armas após o atentado em Uvalde, Texas, onde houve mais um massacre em escola.

“Eu acho que todo mundo olhando para este time sabe o que apoiamos e que somos contra a reversão de Roe v Wade. E queríamos que a federação nos apoiasse e realmente nos desse suporte disso. E estou feliz que eles publicaram um comunicado”, afirmou Sauerbrunn.

A atacante Megan Rapinoe, uma ativista que usa há anos a sua voz para lutar por direitos humanos e especialmente os direitos das mulheres, fez discurso apaixonado para falar sobre o assunto antes do jogo. Em entrevista coletiva, disse que reverter a decisão de Roe v Wade era “triste e cruel” e disse que essa decisão, que atende a quem se diz “pró-vida”, na verdade não tem nada de “pró-vida”:

Após o jogo, Rapinoe voltou a falar. “Eu acho, como vocês viram, que a coisa mais poderosa que podemos fazer é vir aqui e mostrar, e não apenas expressar nossa suprema habilidade, talento e alegria no campo, mas ser capaz de ter uma plataforma”, afirmou a jogadora.

Na próxima terça-feira à noite, os dois times se enfrentarão novamente em Sandy, Utah, como preparação para o torneio de seleções da Concacaf, no caso dos Estados Unidos, e para a Copa América, no caso da Colômbia, que inclusive sediará o evento. As americanas são as atuais campeãs mundiais, conquistando os dois últimos títulos em 2015 e 2019. A Copa do Mundo Feminina acontece no próximo ano, 2023.

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