Uma noite típica de Grêmio! Bom futebol, vários protagonistas, muito sofrimento e a classificação garantida!
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É impressionante como o Grêmio sabe crescer em Libertadores. Depois daquelas rodadas iniciais, a classificação, com uma rodada de antecedência, é um fato marcante na vida gremista. O Grêmio está nas oitavas. E passa com méritos de vitórias fora de casa, contra Estudiantes e Huachipato, nas condições que foi o segundo tempo desse jogo.
A vitória dá ao Grêmio a chance de jogar contra o Estudiantes apenas para saber se vai ser primeiro ou segundo colocado no grupo. Se for primeiro, pega o Peñarol nas oitavas e depois (possivelmente) o Flamengo, nas quartas. Se for segundo, pega Fluminense e depois o Galo (provavelmente) nas quartas.
Bom, falando do jogo, é óbvio que seria com drama, com emoção. Renato coloca o mesmo time que tinha batido o The Strongest, com Dodi de primeiro volante, Galdino na direita, Cristaldo centralizado, Soteldo aberto na esquerda e Diego Costa sendo protagonista no ataque.
Quem viu o primeiro tempo, achou que seria um passeio. O Grêmio faz 1 x 0, em escanteio, que o Diego Costa antecipa o zagueiro e mete para rede. Com ele, não tem conversa, o cara sabe fazer isso. Que jogadoraço. Confesso pra vocês que sinto que todos nós valorizamos pouco ele porque ainda estamos com o Suárez no pensamento, mas a temporada do Diego é absurda. Não somente por gols, mas pelo futebol na totalidade. Por tudo que está entregando dentro de campo. Seja de orientar os companheiros, meter medo no adversário e até fazer as jogadas andarem.
O primeiro tempo teve outras três chances claras de gol. Todas elas pararam na trave esquerda do goleiro deles. Pepê, Soteldo e Galdino pararam lentamente na trave. O Grêmio poderia, facilmente, descer pro intervalo com 4 x 0 no placar. Não seria exagero.
Como a vida do Grêmio parece que precisa ter sofrimento, o segundo tempo foi um caos. Renato tirou Galdino e meteu Nathan Fernandes. Na teoria, poderia melhorar, afinal, teria mais velocidade.
Só que não tinha como ter velocidade. Caiu o mundo. Na boa, com aquela chuva, fica difícil cobrar qualquer coisa de técnica e habilidade. O negócio era ser inteligente para jogar conforme o gramado embarrado pedia.
Vamos combinar que, por sorte/competência, o Grêmio conseguiu seu gol antes. Se essa chuva caísse, com 0 x 0, seria terrível. Sofrimento maior ainda.
E aquela velha máxima, um campo ruim, ajuda quem tem menos qualidade. Foi o que aconteceu. O Huachipato cresceu demais na partida. Não foi apenas por chuveirinho, eles também souberam jogar nas condições que estavam. Claramente, foram superiores.
Marquesín foi o melhor em campo. A contratação dele se justificou nessa noite. Olha, fica difícil achar a melhor defesa dele. Foram pelo menos umas cinco de extrema dificuldade. O melhor, disparado. A transmissão chegou a chamá-lo de herói da partida. E foi quase isso mesmo. Não fossem as muitas defesas dele, estaríamos falando outra coisa agora. Então, Marquesín ajudou demais na classificação.
Além dele, como já falei do Diego Costa, ainda preciso citar a dupla de zaga. Rodrigo Ely e Kannemann. Sim, Ely. Jogou muito bem. Das melhores partidas desde que chegou. Foi aguerrido, firme, seguro e tirou tudo que pôde ali de trás.
Pra mim, a segurança que o Dodi dá na frente da zaga faz toda a diferença neste time. O jeito de jogar melhora, o Pepê cresce de produção e as coisas acontecem.
Sabe quem jogou super bem? Ele, o Cristaldo. E não fez gol. Até deu a assistência, no escanteio, mas a partida foi bem melhor. Ok, teve um lance que foi fominha e tentou entrar com a bola ao invés de servir o Ely, que apareceu de surpresa, mas no geral, sua partida foi muito boa.
O Grêmio está classificado. Só que, mais do que isso, classificou jogando bom futebol e com personalidade de quem sabe enfrentar adversidade. Uma baita noite.