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JB Filho Repórter

·19 de março de 2023

Uma derrota para jogar na cara o principal defeito do Grêmio

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  • Quem assistiu o primeiro tempo imaginava que seria uma goleada gremista, uma vitória tranquila, com classificação encaminhada. Não foi isso que aconteceu. A atuação foi muito boa no primeiro tempo e complicada de entender o que fizeram no segundo. Eu não gosto de simplificar, mas o jeito mais fácil de resumir foi que “pararam” de jogar no segundo tempo.
  • Bom, a partida começa com uma baita surpresa. Cristaldo sentiu a musculatura e ficou de fora. Renato coloca Pepê no seu lugar. E não foi uma mudança de esquema, ele deixou Villa e Carballo de volantes e Pepê, que foi meia na base, jogou mais adiantado. Deu muito certo. Foi um pifador atuando mais perto do gol. O gol do Suárez é um presente dele no meio dos zagueiros.
  • Os problemas começam após o gol marcado. A atuação não caiu de nível, mas o ponto alertado nas outras partidas ficou evidente. Qual ponto? Finalizar direito. Se contarmos, Suárez perdeu na marca do pênalti e depois um próprio pênalti que bateu mal. Só no primeiro tempo, Vina também perdeu um na cara do goleiro. A bola parece quicar e ele pega sem jeito nela.
  • Só que o intervalo fez mal pra todo mundo. Afinal, se continuassem a jogar o que estavam jogando, era óbvio que uma hora essa bola iria entrar. Não foi o que aconteceu. O Ypiranga fez por merecer até a vitória na segunda parte da partida.
  • A vitória só não aconteceu antes porque o Adriel começou a salvar. Em um lance, salvou duas vezes. Fez o que pôde. Tomou dois gols de pênalti porque não tem muito como cobrá-lo por isso, né?
  • Kannemann fez uma das suas piores partidas pelo Grêmio. Errou quase tudo que tentou. Cometeu dois pênaltis que não tem explicação. Em um deles, chutou a panturrilha do atacante. No outro, estava atrasado na marcação e, ao tentar puxar o cara pelo ombro, botou a mão na bola. Seguindo a regra, foi um movimento completamente antinatural, então, é pênalti. Teve um outro lance que o Kannemann sobe nas costas do camarada, dá um tranco nele, e fica enlouquecido como se fosse um erro marcar a falta. Lance claro de falta. Enfim, não é comum isso, mas todos sabemos que ele joga no limite e, quem faz isso, corre esse risco. Acontece até com os bons.
  • Suárez é sempre um tópico a parte. Quase fez um golaço com jogo de corpo, faz um golaço com lado de fora do pé, perde um pênalti e só assiste a partida no segundo tempo. De um jeito ou de outro, foi protagonista. Positiva e negativamente.
  • Renato precisa pensar em tudo que aconteceu. Foi o técnico do Ypiranga fazer mudanças no intervalo que seu time não conseguiu mais jogar. Será que vai ser assim de novo? É uma mudança tática do rival e complica tudo. Não tem contra-ataque tático do Renato?
  • Mais, todo mundo tá vendo que o Grêmio está todo perdido e a mudança tática vira Galdino e Thiago Santos. Duro de entender. Não há como imaginar que vai melhorar sem Carballo, Vina ou Pepê em campo e com Thiago Santos pra abrir o meio. Nem é pelo jogador, é pela característica. Meio óbvio que não daria certo.
  • Não acho que a classificação foi perdida. Na Arena, as chances ainda são gigantescas. Agora, a derrota mostrou que não foi um fato isolado o grande número de gols perdidos na última partida. Não é só ter calma e tranquilidade na frente do goleiro e muito menos foi um fato isolado. Penso que alguém tem que pensar, descobrir o problema e corrigir. Não pelo Gauchão, mas pelo bem da temporada.
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