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·01 de junho de 2025

Um voo turbulento com final feliz

Imagem do artigo:Um voo turbulento com final feliz

A última vaga disponível na Liga Portuguesa 2025/26 é do AFS! A equipa de Vila das Aves empatou em Vizela (2-2) e tornou-se na primeira equipa da Primeira Liga a garantir a manutenção desde o regresso deste formato de playoff.

Os vizelenses até começaram a vencer e a esperança renasceu nos azuis e brancos, mas um erro de Thio complicou as contas e deixou o objetivo novamente mais longe. Gustavo Assunção, de calcanhar, remontou a partida e fechou praticamente as contas da permanência avense. Morschel ainda reduziu, mas de nada valeu para as ambições vizelenses


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Um Thi(r)o no pé

Depois de uma vitória confortável por 3-0, em casa, o AFS estava muito perto de garantir a manutenção na Primeira Liga. Porém, nenhuma equipa venceu um jogo ao intervalo e o ambiente em Vizela era de crença numa reviravolta épica. Casa cheia e ambiente apoteótico na cidade de Vizela.

Apesar de, nesta fase, já não haver nada a perder para os vizelenses sentiu-se um friozinho na barriga dos homens de Fábio Pereira numa fase inicial. O AFS aproveitou os primeiros cinco minutos para chegar perto da baliza contrária, mas Morro estava atento e travou as iniciativas avenses.

O susto inicial serviu para acordar o Vizela que rapidamente começou a tomar conta do jogo, diante de um bloco baixo da equipa de José Mota. No jogo de paciência, a sorte sorriu aos vizelenses que, na primeira ocasião de perigo, chegaram ao golo. Yannick Semedo descobriu Thio e este, com um cruzamento remate desviado em Fernando Fonseca, inaugurou o marcador.

O golo aumentou a esperança e o público minhoto acreditou - ainda mais - na remontada. O Vizela foi controlando a bola e o AFS aproveitava perdas de bola para ferir o adversário em transição. Os comandos - este final de tarde - de Paulo Sousa (José Mota estava suspenso) também foram jogando com o relógio, aproveitando toda e qualquer paragem para perder alguns segundos: um habitué triste do nosso futebol.

Costuma dizer-se que a sorte sorri aos audazes. O AFS não foi assim tão audaz quanto isso, mas acabou bafejado pela sorte. Thio falhou um corte facílimo e Tunde - o herói da primeira mão - fintou Morro e empatou a partida já bem perto do intervalo. Um murro no estômago vizelense, um balão de oxigénio avense.

Sem espaço para surpresas

Fábio Pereira colocou ainda mais poder ofensivo para a segunda parte, lançando Bastunov por Schutte, e a equipa vizelense continuou a saga em busca de um golo que reabrisse a eliminatória. A posse de bola da equipa da casa não se traduzia em oportunidades, sendo mais fácil entender o que queria a equipa do AFS do que contrariar isso mesmo.

A montanha a escalar era grande para os vizelenses e isso também se refletiu na agressividade - ou falta dela - que a equipa apresentou. A moral caiu e o AFS aproveitou para se colocar confortável. Reflexo disso, apareceu o 1-2 por Gustavo Assunção. Mercado cruzou pela esquerda e o médio brasileiro - com um gesto técnico irrepreensível, de calcanhar - remontou a partida, colocando praticamente o ponto final no playoff.

Vizela é assim e luta até ao fim. É por este mantra que se rege o clube e a cidade minhotas e, apesar da derrota ser quase certa, a equipa não deixou de lutar. Morschel, de grande penalidade, empatou a partida a quinze minutos do fim, tarde demais para qualquer surpresa.

Até ao fim, um jogo morno, sem oportunidades e um final feliz para os avenses. Depois de subirem no playoff na temporada passada, voltam a ser felizes neste modelo, garantindo assim a manutenção na Primeira Liga. Apesar do voo turbulento, com quatro pilotos - Vítor Campelos, Daniel Ramos, Rui Ferreira e José Mota -, a aterragem dos homens de Vila das Aves aconteceu sem percalços.

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