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·05 de julho de 2024

Um olhar uruguaio das quartas: a revolução de Bielsa e favoritismo contra o Brasil

Imagem do artigo:Um olhar uruguaio das quartas: a revolução de Bielsa e favoritismo contra o Brasil

Brasil x Uruguai decidem, neste sábado (06), em Las Vegas, um lugar nas semifinais da Copa América. Vivendo um momento diferente sob o comando de El Loco Bielsa, a seleção uruguaia promete ser um rival duro para os brasileiros nas quartas. Para projetar o duelo, contamos com um convidado especial.

Alberto Pérez é comentarista do programa Las Voces del Futbol, do Canal 5 do Uruguai e da Radio Clarín. Convidado por oGol para transmitir a visão uruguaia do encontro, o jornalista fez questão de ressaltar o "ser particular" que é Marcelo Bielsa.


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"Às vezes, é difícil entender suas ações. No lado futebolístico, temos de dizer a verdade: ele deu para a seleção intensidade, velocidade e dinâmica. Isso que, de repente, faltou ao Uruguai durante muitos anos. O Uruguai não tinha uma velocidade. Esse time tem. Mas (Bielsa) tem uma forma de ser muito particular. Tem gente no Uruguai muito a favor, e gente que é contra a forma de ser de Bielsa", começou por dizer.

Pérez lembrou que o jeito "controverso" de Bielsa significou algumas demissões no complexo esportivo da seleção uruguaia. O time, também, viveu altos e baixos. De vitórias contra Argentina e Brasil ao fracasso no Pré-Olímpico.

Na Copa América, até o momento, o Uruguai mantém boa performance. Com direito a 100% de aproveitamento e uma goleada de 5 a 0 sobre a Bolívia. Performance que faz o time celeste favorito contra os brasileiros, opina Pérez.

"Para mim, o Uruguai é favorito. Para muita gente no Uruguai, habitualmente a gente não gosta de dizer que somos favoritos, porque gostamos de ganhar de surpresa, como fizemos historicamente", revelou.

A balança, para Pérez, "inclina um pouco a favor do Uruguai". O jornalista faz questão de dizer que o "Brasil é o Brasil". Apesar de não ter Vinícius Júnior para as quartas de final, e de não viver o melhor momento. "Sempre há de respeitar o Brasil pelo que representam seus jogadores".

Individualmente, o uruguaio não vê "referências" claras na seleção brasileira. "Falta o Neymar, que é a única referência". Já do outro lado, faz questão de ressaltar De La Cruz, acima, hoje, do companheiro de Flamengo De Arrascaeta.

"Nico De La Cruz tem a escola de Gallardo, os anos que jogou no River o deram criatividade de jogo, o fizeram crescer muito e, também, o fizeram marcar. Para jogar no time de Bielsa, tem de marcar. Por isso, o técnico provou no início da Copa América... Giorgian De Arrascaeta, que é um jogador tremendo, mas que o custa um pouco marcar, não gosta muito, não tem muitas técnicas de marcação... Por isso, Nico De La Cruz é muito importante no Uruguai, dentre os jogadores que atual no Brasil, o mais importante".

No sábado, às 22h de Brasília, na Vegas que pega fogo, com temperaturas beirando os 47º, o Brasil tentará derrubar, até o momento, o melhor time da Copa América (talvez ao lado da Argentina?). Um Uruguai que, depois de muito tempo, busca voltar a ser protagonista. Em um processo de mudança de ciclo, dando "adeus" a Suárez e abrindo as portas para uma nova geração. Será o primeiro grande teste competitivo de Bielsa, que busca provar que sua "loucura" pode calar os críticos.

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