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Vitor Geron·10 de setembro de 2020
🎥 Um ano de Pia na Seleção: Calan e Milene avaliam o que mudou

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Vitor Geron·10 de setembro de 2020
Pia Sundhage completou, recentemente, um ano no comando da Seleção Brasileira feminina. Fora apenas 11 jogos, muito em função da pandemia, que atrapalhou o calendário e adiou os Jogos Olímpicos para 2021.
Mesmo assim, o que a sueca apresentou até aqui? O OneFootball convidou as ex-jogadoras Alline Calandrini, a Calan, e Milene Domingues que, com exclusividade, fizeram um balanço do que mudou, do que ainda pode mudar e das perspectivas para o futuro, pensando já em Tóquio 2021.
“Eu vi uma pequena evolução tática em relação à Seleção antiga. Ela manteve as mesmas jogadores, deu oportunidade pra uma ou outra, mas, no geral, manteve a base de 20 ou 18 atletas que o Vadão convocava. Deu uma continuidade ao trabalho, até porque não tinha tempo para mudar muito. Acho natural, mas espero que mude logo, que mude após os Jogos Olímpicos de 2021”, disse Alline, que também é jornalista e comentarista da Band.
Na opinião de Alline, a evolução ainda está “longe do ideal”, mas já é possível perceber mudanças significativas, principalmente na defesa e no aspecto físico das atletas. Milene também avalia que, apesar do pouco tempo, o Brasil melhorou com Pia.
“Acho que o saldo é muito positivo e Pia nos fará ser campeãs mundiais. Ela tem um material humano muito bom. Ela sabe disso e vai ajustando no que a gente peca, que é no psicológico e na parte física, que ela tem melhorado bastante”, avaliou Milene, atual embaixadora do futebol feminino do Corinthians e comentarista esportiva.
Mas se concordam que o trabalho de Pia é bom e que houve evolução, as duas ex-jogadoras da Seleção têm opiniões bem diferentes com relação à participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Para Alline, não dá pra ter grandes expectativas mesmo com o adiamento. Por outro lado, Milene confia na conquista de medalha.
“Tínhamos uma Seleção nota 4, e agora é nota 6, 6,5”
“A Pia ainda não sabe o que vai fazer, está conhecendo as meninas, o que é natural. Eu vejo uma Seleção ainda sem padrão. Se as Olimpíadas fossem em 2020, não teríamos um resultado positivo, o que já era esperado. O resultado da Pia vai ser a médio e longo prazo. Não espero pra uma próxima Olimpíada. Tínhamos uma Seleção nota 4, e agora é nota 6, 6,5”, definiu Alline.
“A metodologia dela é vencedora, ela sabe como fazer. As meninas gostam muito dela. É pouco tempo, mas tenho certeza que nos Jogos Olímpicos o Brasil ganharia alguma medalha, mesmo que não fosse a grande medalha [de ouro]”, declarou Milene, mais otimista.
Apesar de ser menos otimista, Alline faz uma aposta de que a insistência de Pia em aprimorar a questão física da Seleção feminina poderá trazer bons resultados, como ela obteve na Suécia.
“Ela quer muito e faz questão que a parte física seja diferente. Como foi na seleção da Suécia, que era limitada tecnicamente, mas fisicamente conseguiu sobrar e conquistou a medalha de prata no Rio de Janeiro”, destacou Alline.