Papo na Colina
·16 de maio de 2025
Um ano de Pedrinho no comando do futebol do Vasco

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·16 de maio de 2025
Nesta quinta-feira, a gestão de Pedrinho completou um ano à frente do futebol do Vasco. O período foi marcado por transformações profundas, expectativas renovadas, mas também por tropeços e frustrações dentro e fora de campo. Desde a saída da 777 Partners até a nova turbulência vivida em 2025, o clube viveu altos e baixos — e ainda busca estabilidade.
Começo turbulento e rompimento com a 777
Eleito em novembro de 2023 e empossado em janeiro de 2024, Pedrinho assumiu o clube oficialmente no dia 15 de maio, após uma decisão judicial suspender os efeitos do contrato da SAF com a 777. A ruptura com a empresa americana, envolvida em problemas financeiros globais, foi o ponto de partida para o ex-jogador iniciar a reestruturação do futebol.
Inicialmente, Pedrinho manteve nomes da antiga gestão, como o técnico Álvaro Pacheco, o CEO Lúcio Barbosa e o diretor de futebol Pedro Martins. Todos deixariam o clube semanas depois.
Álvaro Pacheco e Pedro Martins são apresentados no Vasco — Foto: Emanuelle Ribeiro
Reformulação e primeiros resultados
Em junho de 2024, o cenário começou a mudar. Felipe foi nomeado diretor técnico e Pacheco foi demitido após a goleada histórica de 6 a 1 para o Flamengo. Pouco depois, a saída de Pedro Martins e a renúncia de Lúcio e da CFO Kátia dos Santos completaram a primeira grande mudança estrutural.
Em julho, Marcelo Sant’Ana assumiu como diretor de futebol, Carlos Amodeo virou CEO e Raphael Vianna foi nomeado CFO. A nova comissão foi a primeira montada integralmente por Pedrinho.
No comando técnico, a aposta foi caseira: Rafael Paiva, então treinador do Sub-20, foi efetivado e conseguiu bons resultados, embalando o time no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Rafael Paiva Vasco x Fortaleza — Foto: André Durão
Contratações frustrantes e reforços sem impacto
Com a janela de transferências aberta, o Vasco focou em reforçar a zaga e o ataque, mas teve dificuldade para encontrar soluções eficazes. Chegaram Jean David e Maxime Dominguez, que não renderam o esperado.
O retorno de Philippe Coutinho animou os torcedores, mas, mesmo titular, o meia ainda não justificou o investimento. A chegada de Souza e Alex Teixeira compôs um “pacote” que tem custado caro sem grande retorno técnico.
Fim do embalo: queda de Paiva e início de nova crise
Apesar da boa campanha no Brasileirão e do destaque na Copa do Brasil, o elenco perdeu confiança em Paiva. Sem respaldo interno, ele foi demitido em novembro, dando lugar a Felipe, que assumiu interinamente até o fim do campeonato.
Durante o fim de 2024 e o início de 2025, o clube enfrentou uma série de negativas na busca por treinador e reforços. Carille acabou contratado, mesmo sem ser o nome favorito da diretoria. No mercado, o Vasco perdeu Bruma e Brian Rodríguez e contratou nomes como Garré, Nuno e Loide — com pouco impacto até aqui. Maurício Lemos, zagueiro que gerou expectativa, pouco atuou.
Loide Augusto, Nuno Moreira e Benjamín Garré no treino do Vasco no Nilton Santos — Foto: Matheus Lima / CRVG
Novos tropeços e a saída de Carille
Após uma campanha irregular no Carioca e na Sul-Americana, e com atuações fracas no início do Brasileirão, Carille foi desligado. Mesmo com alguma evolução em campo, o treinador não resistiu à pressão da torcida e da diretoria.
A equipe então acumulou resultados desastrosos: atuação ruim contra o Operário, eliminação vexatória para o Puerto Cabello e derrota para o Vitória. Felipe voltou a ser interino, e a crise culminou na demissão de Marcelo Sant’Ana. Fernando Diniz foi anunciado como novo técnico dias depois.
Nos bastidores: dívidas, SAF e reforma do CT
Fora das quatro linhas, o clube também enfrentou desafios. Em fevereiro, o Vasco deu início ao processo de recuperação judicial, buscando reorganizar uma dívida estimada em R$ 1,12 bilhão. A gestão trata essa medida como essencial para o futuro financeiro do clube.
Sobre a SAF, Pedrinho não recebeu propostas concretas pela revenda, apesar de sondagens de investidores de diferentes países. O clube contratou a G5 Partners para buscar novos interessados.
Além disso, o Vasco destinou entre R$ 25 e 30 milhões para ampliar e modernizar o CT Moacyr Barbosa. O projeto já está em fase de aprovação e deve avançar no segundo semestre de 2025.
Linha do tempo dos principais acontecimentos da gestão Pedrinho
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