Última final de Copa da França entre PSG e Monaco foi decidida na prorrogação e colocou Hoarau na história | OneFootball

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Terra de Zizou

·19 de maio de 2021

Última final de Copa da França entre PSG e Monaco foi decidida na prorrogação e colocou Hoarau na história

Imagem do artigo:Última final de Copa da França entre PSG e Monaco foi decidida na prorrogação e colocou Hoarau na história

A quarta-feira (19) será de decisão na terra do hexágono. A partir das 16h15, Monaco e Paris Saint-Germain pisam no gramado do Stade de France para disputar a grande final da Copa da França. Frente a frente, dois dos melhores times do país – o 3º e o 2º colocado da Ligue 1, respectivamente – e com atletas convocados para a Eurocopa – Ben Yedder, Kimpembe e Mbappé. Um cenário bem diferente da última vez em que os dois times se cruzaram na partida decisiva da mesma competição, há mais de uma década.

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Foi na temporada 2009/10 que Monaco e Paris Saint-Germain fizeram a primeira e única final de Copa da França. Bem antes de se tornarem clubes milionários e badalados, os dois times jogavam para salvar as fracas participações na Ligue 1. Os monegascos ficaram apenas na 8ª colocação, com 55 pontos, enquanto os parisienses não conseguiram mais do que uma 13ª posição, com 47.


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Ambos os times, aliás, tinham elencos com perfis bem semelhantes: mesclavam jovens promessas com veteranos já em baixa. No Monaco, por exemplo, as apostam estavam depositadas no goleiro Stéphane Ruffier, com 23 anos, e no atacante Park Chu-Young, de 24, todos com o suporte dos calejados Alejandro Alonso, Djimi Traoré e Nenê, que era o destaque da equipe treinada por Guy Lacombe – curiosamente, campeão da Copa da França em 2006 pelo PSG.

Já no Paris, treinado por Antoine Kombouaré, os jovens valores eram o zagueiro Mamadou Sakho, da base, e Mevlut Erding, adquirido junto ao Sochaux. A base veterana tinha uma dupla de ferro formada por Claude Makélélé e Ludovic Giuly, além do goleiro Grégory Coupet, que acabou se machucando no decorrer da temporada.

Na Ligue 1, a estratégia deu errado, como a própria classificação mostrou, mas na Copa da França foi suficiente para que chegassem na grande decisão O Monaco teve uma caminhada dura e eliminou os favoritos Lyon e Bordeaux e ainda precisou dos pênaltis para tirar o Tours e da prorrogação para despachar Sochaux e Lens. O PSG teve apenas como grande obstáculo o Auxerre, em eliminatória na qual passou nos pênaltis. De resto, passou sem grandes problemas por equipes inexpressivas.

Tudo isso foi deixado de lado na decisão do Stade de France. Determinadas a deixarem para trás a campanha ruim, Monaco e PSG buscaram entregar o máximo de esforço pela taça. E, com certeza, o esforço não faltou, o que acabou compensando as deficiências técnicas das duas equipes.

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E chances de gols não faltaram durante os 90 minutos. Ruffier, por exemplo, atuou logo aos 13 minutos com um linda defesa em chute forte de Giuly. O tapa de mão trocado fez com que a bola tirasse tinta de seu travessão e fosse para fora.

Do outro lado, o contestado Apoula Edel teve aquela que foi a noite mais mágica da carreira. O goleiro trapalhão, que substituiu o lesionado Coupet, fez pelo menos duas defesas importantes, uma em cada tempo. Na etapa inicial, ele viu Pino somar dribles em sua defesa e ambos ficaram frente a frente. O arqueiro do PSG agiu na hora certa e defendeu a finalização do colombiano. Já na parte final do confronto, ele rebateu um chute forte de Nenê, após cobrança de falta, e teve reflexo rápido para dar um soco na bola antes que Puygrenier completasse. O zagueiro estava livre na pequena área e, fatalmente, faria o gol.

A grande chance do tempo regulamentar, porém, saiu dos pés de Erding. Já faltavam menos de dez minutos para a partida acabar e o turco ficou cara a cara com Ruffier. Fez o certo e tocou por cobertura. Por um detalhe, a bola beijou o travessão e não entrou.

Não teve jeito. Foi necessário o tempo extra.

O herói eterno

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Quisera o destino que a prorrogação definisse quem ficaria com a taça da Copa da França e justamente dos pés de alguém que estava se recuperando na temporada: Guillaume Hoarau.

Contratado junto ao Le Havre na temporada 2008/09, o esguio centroavante de 1,92m de altura havia conseguido anotar 20 gols em 47 jogos no primeiro ano na capital. Porém, caiu com o resto do time e não estava tendo o mesmo desempenho em 2009/10. Seu primeiro gol, por exemplo, só saiu na 7ª rodada da Ligue 1 e os tentos vinham sendo esporádicos.

Porém, a reta final de temporada fez renascer o espírito goleador em Hoarau. Levando em conta os dez jogos anteriores à decisão, ele havia marcado quatro vezes. Parece pouco, mas já era mais do que na outra fatia da temporada.

E parece que foi exatamente essa onda positiva que fez Hoarau estar no lugar certo e na hora certa para entrar na eternidade. Logo no minuto final do 1º tempo da prorrogação, Makélélé abriu espaço na defesa monegasca, achou Jallet livre na direita e o lateral encheu o pé. Ruffier rebateu e a bola foi de encontro a Hoarau. Com a trave aberta, ele só cumprimentou e correu para o abraço.

Foi o gol do último título do PSG antes de se tornar milionário. Por isso, tem uma simbologia especial ao Paris, da mesma forma que tornou Hoarau em uma figura eterna ao clube. Nunca foi um grande atacante, tampouco será comparado a ídolos recentes, como Ibrahimovic e Cavani, mas quando as taças eram escassas e os festejos raros, ele estava lá para cumprir seu papel.

Mais de uma década depois, Monaco e Paris Saint-Germain se reencontram naquele mesmo estádio, no mesmo campeonato para uma nova decisão. Quem leva a melhor desta vez?

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