Trivela
·30 de maio de 2022
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A Uefa anunciou nesta segunda-feira que um político português conduzirá uma investigação independente sobre as “tomadas de decisão, responsabilidades e comportamento” de todas as entidades envolvidas no caos da final da Champions League do último sábado entre Liverpool e Real Madrid.
“A Uefa anunciou que encomendou um relatório independente sobre os eventos em torno da final da Champions League em Paris em 28 de maio. A análise ampla examinará as tomadas de decisão, responsabilidade e comportamento de todos os envolvidos na final. O relatório será compilado de maneira independente e Tiago Brandão Rodrigues, de Portugal, liderará a produção dessa análise”, disse a entidade, em um comunicado.
“Tiago Brandão Rodrigues é membro do parlamento português e presidente do Comitê de Meio-Ambiente e Energia do Parlamento. Ele foi ministro da Educação de Portugal (também responsável por Esportes e Juventude) entre 2015 e 2022, membro do conselho da fundação da Agência Mundial Antidoping (2019-2021) e foi o representante olímpico de Portugal durante os Jogos Olímpicos de Londres em 2012”.
“Para garantir o status independente do processo, Brandão Rodrigues concordou em executar a tarefa como um trabalho pro bono (gratuito). As evidências serão reunidas de todas as partes envolvidas e as descobertas do relatório independente serão levadas a público. Ao receber as informações, a Uefa avaliará os próximos passos”, completou.
Inicialmente, a Uefa culpou torcedores do Liverpool chegando em cima da hora pelo atraso de 36 minutos ao pontapé inicial da vitória do Real Madrid por 1 a 0. Os ministros do Esporte e do Interior da França citaram um esquema de ingressos falsos em “escala industrial” que teria levado às aglomerações nos portões do Stade de France, uma versão corroborada por um comunicado da Uefa, segundo o Guardian.
Mas, segundo torcedores e jornalistas que estavam nos arredores dos estádios, mesmo quem chegou ao estádio com horas de antecedência ficou preso nas filas, com os portões sendo fechados sem comunicação dos fiscais, e portadores de ingressos comprovadamente legítimos, como um amigo de Andrew Robertson, por exemplo, ouviram dos responsáveis que estavam portando bilhetes falsos.
A polícia reagiu com gás de pimenta contra torcedores do Liverpool e houve gente que aparentemente não estava vestida com uniformes dos times envolvidos tentando pular os portões, além de agressões e tentativas de assalto à multidão que deixava o estádio após a partida. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse que a polícia não esperava entre 300 e 400 jovens locais que foram ao Stade de France causar confusão.