Ucrânia se junta à candidatura de Espanha e Portugal para a Copa do Mundo de 2030 | OneFootball

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·05 de outubro de 2022

Ucrânia se junta à candidatura de Espanha e Portugal para a Copa do Mundo de 2030

Imagem do artigo:Ucrânia se junta à candidatura de Espanha e Portugal para a Copa do Mundo de 2030

As federações nacionais de Espanha e Portugal anunciaram nesta quarta-feira que incorporarão a Ucrânia à candidatura pelos direitos de sediar a Copa do Mundo de 2030. A briga pelo evento que marcará o centenário do Mundial provavelmente será com outras propostas conjuntas, como a de Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai e Arábia Saudita, Egito e Grécia.

Os detalhes da candidatura conjunta, que apresenta óbvios desafios geográficos, não foram confirmados, mas a lógica indicaria que seria pouco prático uma mesma seleção jogar em Lisboa e Kiev, antes de voltar para Sevilha. O mais provável é que um ou no máximo dois grupos fiquem limitados à Ucrânia, mais como um gesto simbólico de apoio ao país.


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A candidatura dupla, por exemplo, já previa 11 sedes espanholas e apenas três portuguesas. Segundo o comunicado da Federação Espanhola, a entrada da Ucrânia não modifica esse planejamento. A Comissão Coordenadora do Mundial 2030, liderada por um espanhol, trabalha com representantes da Ucrânia e passará a “incorporar os membros da sua delegação”.

A medida foi anunciada em uma entrevista coletiva na sede da Uefa na Suíça pelos presidentes da Federação Espanhola, Luis Rubiales, e da Federação Portuguesa, Fernando Soares Gomas da Silva, e também com a presença do líder da Federação Ucraniana, Andriy Pavelko. Segundo a Reuters, todos disseram que têm o apoio da Uefa e dos seus respectivos governos.

A mensagem unificada é que a Copa do Mundo serviria de inspiração e impulso a um povo que lida com a guerra desde 24 de fevereiro, quando as tropas russas cruzaram a fronteira e deram início a um conflito que custou dezenas de milhares de vidas, obrigou milhões de pessoas a se deslocarem e destruiu várias cidades.

“Esse é o sonho de milhões de torcedores ucranianos, o sonho de pessoas que sobreviveram aos horrores da guerra ou que ainda estão em territórios ocupados e sobre os quais a bandeira ucraniana certamente balançará em breve”, disse o dirigente ucraniano Pavelko, de acordo com a AP.

A Federação Espanhola disse que não há nada melhor do que “uma Copa do Mundo de futebol para transmitir com força uma mensagem que sirva de fonte de inspiração para o futuro” e que a candidatura “reforça os vínculos com a Europa, gerando esperança e dando ferramentas de reconstrução ao povo ucraniano”. “Nossa proposta não é mais a candidatura ibérica, é a candidatura europeia”, disse Rubiales. “Estou convencido que nossa candidatura está melhor que antes. O futebol é universal e capaz de mudar a vida das pessoas em muitas maneiras. Deveria ser usado para fazer o bem”.

O exemplo de “tenacidade e resiliência” dado pelo povo ucraniano é inspirador, segundo a Federação Portuguesa, acrescentando que a proposta “visa contribuir através do poder do futebol para a recuperação de um país em fase de reconstrução”. Gomes da Silva também disse estar convencido que “até 2030 teremos paz na Europa e a Ucrânia será capaz de sediar (o torneio) da melhor maneira possível”. “A Ucrânia não pode deixar nossas mentes quando a guerra acabar. Precisamos lhe dar esperança”, disse o dirigente português.

A candidatura ibérica ficou em segundo lugar na eleição para a Copa do Mundo de 2018, atrás da Rússia. Venceu a Inglaterra e a união de Bélgica e Holanda. A Fifa votará na sede de 2030 em 2024. O próximo Mundial está confirmado nos Estados Unidos, México e Canadá.

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