Central do Timão
·19 de abril de 2024
Central do Timão
·19 de abril de 2024
Uma série de acontecimentos nas últimas 48 horas expôs publicamente uma crise nos bastidores do Corinthians. Os ataques e trocas de acusações envolvem sobretudo dois personagens: o diretor estatutário de futebol Rubens Gomes, o Rubão, e o presidente do Conselho Deliberativo Romeu Tuma Júnior, que publicou nota na noite desta sexta-feira, 18, com fortes opiniões sobre o diretor e seu trabalho no clube.
Tudo começou, porém, na última terça-feira, 16, quando o portal Meu Timão divulgou que Rubão e o presidente Augusto Melo estariam em conflito nos bastidores e que, apesar de estar presente diariamente no CT, a participação do diretor de futebol nas decisões teria diminuído recentemente. Essa informação já circulava informalmente no Parque São Jorge, mas jamais havia sido publicada anteriormente.
Rubão e Augusto Melo no CT do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
Ambos os dirigentes negaram veementemente a matéria. Augusto, por exemplo, disse em entrevista à Central do Timão: “A gente tá preocupado com o Corinthians. Isso é conversa, são pessoas tentando conturbar a situação. O ambiente tá bom, tá tudo tranquilo”. Já Rubão preferiu responder o portal Meu Timão no Instagram, afirmando que não foi procurado para dar sua versão sobre o suposto imbróglio entre ele e o presidente do clube.
Durante a estadia em Caxias do Sul, onde o Corinthians enfrentou o Juventude e perdeu por 2 x 0 pelo Campeonato Brasileiro na quarta-feira, 16, a Central do Timão verificou que os dirigentes estiveram mais próximos, possivelmente na tentativa de sinalizar que o bom relacionamento permanecia. Porém, nesta quinta-feira, 17, reportagem do ge.com fez explodir uma crise que era, até então, interna.
Na matéria, constava uma entrevista com Rubão, na qual o dirigente afirmava que o afastamento era “físico, não emocional”, e fruto da agenda movimentada de Augusto Melo como presidente, além de defender seu trabalho como diretor. Fez, também, duras críticas e acusações a Romeu Tuma Júnior, afirmando que o presidente do Conselho Deliberativo intencionava montar um “governo paralelo” no clube.
“Antes estávamos o tempo todo juntos pela campanha. Hoje ele tem o Corinthians para tocar, é uma nação. Há um distanciamento físico e não emocional. Eu penso de um jeito, ele pensa de outro, divergências sempre vão ter. Mas não existe isso de que a gente não se fala, não tem nada disso. Sou diretor dele. Ele tem a caneta. Se estivesse insatisfeito, ele teria que tomar as providências.”
“Foi montado um governo paralelo que a gente não vai admitir. Não vamos admitir de forma alguma! Não chegamos lá por imposição, chegamos lá pelo voto do associado, não só voto de conselheiro só. É bem diferente. Se você quiser fiscalizar, não tem problema nenhum, o que não pode é criar uma estrutura para pressionar o presidente. O conselheiro foi nomeado para legislar, não para executar.”
Romeu Tuma Júnior (Foto: Reprodução)
A resposta de Tuma não tardou. Poucas horas depois, por meio de nota oficial, o conselheiro afirmou que as falas de Rubão eram “coisa de covarde”, dizendo ainda que o diretor não possuía “dimensão de sua responsabilidade quer na condição de dirigente, quer na condição de cidadão”.
O presidente do Conselho Deliberativo ainda criticou duramente o trabalho do diretor nestes primeiros meses de mandato, defendeu a criação das comissões, afirmando serem previstas no estatuto do clube, e aconselhou Augusto a se afastar de Rubão, insinuando que outros aliados da gestão poderiam fazê-lo caso o diretor permaneça na função.
Por volta das 21h desta quinta-feira, Rubão replicou a nota de Tuma, através de um posicionamento publicado em seu perfil no Instagram. Nele, o diretor critica o uso do papel timbrado do Corinthians por parte do presidente do CD, além de reafirmar acusações e tecer novas críticas à sua postura. Confira o texto:
Rubão e Tuma se conhecem há vários anos, com o primeiro tendo trabalhado como chefe de gabinete do segundo, quando era deputado estadual, entre os anos de 2003 e 2007. O afastamento entre ambos se iniciou no contexto da crise política e institucional profunda na qual o Corinthians se envolveu durante a era MSI. O ano de 2007 foi, também, quando Rubão dirigiu o futebol do clube pela primeira vez.
Hoje, o embate adquire nuances também eleitorais, pois, conforme o ge.globo apurou, a sucessão de Augusto já é discutida no Parque São Jorge, e o cargo de diretor de futebol tradicionalmente é um “trampolim” para candidatos à presidência do clube. Dessa forma, Rubão vem sendo pressionado, enquanto outros nomes vem sendo propostos para a função, como o do conselheiro vitalício Fran Papaiordanou, que pertence ao mesmo grupo político de Tuma.
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