Treinado por Jesualdo Ferreira, o Zamalek sobra no Campeonato Egípcio e volta a ser bicampeão após 18 anos | OneFootball

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·22 de agosto de 2022

Treinado por Jesualdo Ferreira, o Zamalek sobra no Campeonato Egípcio e volta a ser bicampeão após 18 anos

Imagem do artigo:Treinado por Jesualdo Ferreira, o Zamalek sobra no Campeonato Egípcio e volta a ser bicampeão após 18 anos

O Zamalek atravessa um período de renascimento no Campeonato Egípcio. O título conquistado na temporada passada teve grande valor aos Cavaleiros Brancos, ao encerrar uma sequência de seis troféus do Al Ahly, num momento em que os rivais vinham do bicampeonato na Champions Africana. Já nesta segunda-feira, o Zamalek comemorou o bicampeonato nacional que não vivia há quase duas décadas, desde 2003/04. Com três rodadas de antecipação, o Clube Real colocou a mão na taça. Foi uma campanha soberana da equipe, numa edição da liga em que os principais concorrentes abusaram dos tropeços e não conseguiram acompanhar o ritmo.

O Zamalek chegou a passar por uma mudança de comando nesta temporada, em fevereiro. Responsável pelo último título, Patrice Carteron foi demitido por conta dos resultados ruins na Champions Africana. A aposta veio em Jesualdo Ferreira, que não teve boa passagem pelo Santos, mas possuía sua história com os Cavaleiros Brancos. Em 2015, o português conquistou um título bastante importante para o clube no Campeonato Egípcio, após oito conquistas consecutivas do Al Ahly – e num momento em que o futebol local se restabelecia após os desdobramentos do Desastre de Port Said. O veterano novamente faria história nesta volta.


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Jesualdo Ferreira não evitou a eliminação na fase de grupos da Champions Africana. Em compensação, seria o responsável pela arrancada do Zamalek no Campeonato Egípcio. Quando o português assumiu o comando, a equipe tinha disputado apenas nove partidas pela liga nacional, com o calendário atrasado pela Copa Árabe e pela Copa Africana de Nações. Os Cavaleiros Brancos ocupavam a terceira posição àquela altura, atrás de Al Ahly e Pyramids, com a derrota por 5 a 3 no clássico do primeiro turno. Depois disso, o time acumulou sete vitórias e um empate, assumindo a ponta em maio.

A boa sequência do Zamalek foi interrompida por duas derrotas consecutivas, além do novo empate no clássico contra o Al Ahly. Os maiores rivais, porém, emendavam empates e tinham acabado de perder o técnico Pitso Mosimane. Foi a brecha necessária para a disparada dos Cavaleiros Brancos. Desde então, o Zamalek acumulou dez vitórias seguidas. Foi o suficiente para celebrar o título por antecipação, após a derrota do vice-líder Pyramids nesta segunda-feira. Restam ainda três partidas para os campeões.

O Zamalek soma 75 pontos após 31 rodadas. A equipe possui o melhor ataque, com 60 gols e a terceira melhor defesa, com 26 tentos sofridos. O detalhe é que, com quatro derrotas, os Cavaleiros Brancos perderam um jogo a mais que o Al Ahly. A diferença está no número de empates, apenas três, contra dez dos Diabos Vermelhos. Jesualdo Ferreira conseguiu fazer o seu time vencer de maneira mais consistente e colhe os frutos. O Al Ahly contabiliza apenas 64 pontos na campanha, atrás do Pyramids com 68.

O grande destaque da conquista é o ponta Zizo, ídolo do clube. São 19 gols e 13 assistências pelo Campeonato Egípcio. Outros nomes de relevo no funcionamento ofensivo são estrangeiros: o centroavante tunisiano Seifeddine Jaziri e o ponta esquerda marroquino Achraf Bencharki. De qualquer maneira, a base dos Cavaleiros Brancos conta com várias figuras carimbadas da seleção egípcia. O veterano Shikabala segue presente, além de nomes como o zagueiro Mahmoud Hamdi e o meia Ahmed Fatouh. Herói dos Faraós na Copa Africana de Nações, o goleiro Gabaski foi titular em grande parte da campanha, mas deixou o clube em julho, ao final de seu contrato.

O Zamalek chega a 14 títulos pelo Campeonato Egípcio, ainda distante dos 42 enfileirados pelo Al Ahly. Os Cavaleiros Brancos, ao menos, encerram os 18 anos de espera sem um bicampeonato e poderão tentar um tri que permanece inédito à agremiação. Seria um feito de grande valor, embora outro anseio se coloque na Champions Africana, torneio no qual a taça não vem desde 2002. A equipe era a maior campeã da competição continental, até ser atropelada exatamente pelo Al Ahly nestes últimos 20 anos. Agora, dá sinais de que o jejum pode chegar ao fim.

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