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·04 de junho de 2022

Torcedores europeus acham Liga das Nações “inútil”, aponta pesquisa

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“Não é útil” e “muito complexa” foram os principais adjetivos usados por torcedores procurados pelo Bundesliga-Barometers (Barômetro da Budesliga), em uma pesquisa feita por esse site desenvolvido pelo pesquisador do esporte e Prof. Dr. Alfons Madeja em Nuremberg, e que se tornou um dos mais respeitados termômetros da torcida europeia.

Após estrear em 2018, quando teve Portugal como a primeira equipe vencedora, a Liga das Nações não agradou o público europeu em geral. De acordo com os números do Barômetro, 80,2% dos torcedores acham que o torneio “infla desnecessariamente o calendário internacional”.


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Cerca de 24,4 % dos alemães que acompanham o futebol gostariam que o torneio não existissem, e estão em segundo lugar na lista dos torcedores que mais detestam.

73,1% dos torcedores enxergam a Liga das Nações como uma oportunidade para pequenas e médias seleções, sem tradição no futebol, conseguirem alcançar resultados melhores do que os disputados na Eurocopa.

E 72,5% acreditam que o formato, com sub-ligas dos grupos é “muito complexo”, o que permite falsas esperanças a equipes menores.

Os torcedores europeus criticam a decisão da UEFA de criar um torneio exclusivo para seleções europeias, em uma espécie de ‘mini-copa do mundo’. Algo que foi rejeitado pela entidade quando o Real Madrid se mobilizou pela criação da Superliga Europeia de clubes.

Competição desagrada Futebol Mundial

Desde 2016, quando a competição foi desenhada e apresentada oficialmente ao publico pela UEFA, a Liga das Nações não agradou a nenhuma entidade fora da Europa, e há quem afirma que a FIFA também não é simpática, mas nada pôde fazer já que precisa do apoio do futebol europeu.

A Liga das Nações nasceu após uma avalanche de críticas de jogadores direcionadas a entidade europeia, por realizar amistosos internacionais visando apenas o retorno financeiro.

Na época, Gianni Infantino era vice-presidente da UEFA e quando assumiu o comando da FIFA em 2016 se absteve de criar qualquer intriga com a nova competição. O dirigente italiano, é conhecido por priorizar os desejos europeus, como o fim da Copa das Confederações e a criação de um Mundial Interclubes de 4 em 4 anos, abolindo a competição intercontinental anual.

Luiz Gomes, jornalista esportivo, afirmou no Lance em 2017 que “o futebol europeu age para sufocar o Brasil”, e que seria apenas uma das táticas para fragilizar o preparo da seleção brasileira para o Mundial do Catar, em dezembro de 2022.

Mesmo com a FIFA de Infantino mostrando que quer globalizar ainda mais o esporte, “a Europa, definitivamente, está decidida a dar as costas para o resto do mundo”, afirmou o colunista na época.

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