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·26 de fevereiro de 2025

Tonali abre o jogo sobre vício em apostas e reabilitação

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Sandro Tonali ficou suspenso do futebol por 10 meses e passou mais oito em reabilitação por apostar em jogos, inclusive nas equipes em que jogava (Milan e Brescia). Ele voltou a competir no ano passado pelo Newcastle e, agora, concedeu uma longa entrevista ao ‘La Repubblica’, onde relembrou sua difícil recuperação.

“Não é exagero dizer que tive uma primeira e uma segunda vida. Meu comportamento era negativo. Eu me fechava para todos, o que afetava até mesmo as pessoas que eu amava e que me amavam. Eu era assim nos treinos, em casa, com amigos e familiares. Felizmente, hoje sou diferente”, admitiu o meio-campista italiano.


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Ele contou como começou o vício nas apostas esportivas.

“Não me lembro da minha primeira aposta. Virou um hábito quando eu tinha 17 ou 18 anos e se tornou algo normal à medida que ocupava cada vez mais meu tempo. O fato de ser online me cegou, e eu me isolei. Acho que nunca percebi que estava ficando viciado. Quando alguém está nessa situação, é difícil admitir que tem um problema. A resposta sempre será ‘não’, mesmo quando, lá no fundo, a pessoa sente que algo está errado. Ou seja, você não pensa que tem um problema e tenta esconder”, explicou.

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Tonali descreve os desafios da reabilitação

“Nos meses longe dos gramados, passei muito tempo com um psicólogo. O trabalho dele era me fazer entender como cheguei a esse ponto. Normalmente, as pessoas percebem quando perdem algo importante, como a família, o emprego ou o dinheiro. No meu caso, minha situação financeira não me fez enxergar a gravidade do problema. Foi uma recuperação difícil. Eu não podia tomar medicamentos específicos, porque 95% deles me fariam testar positivo no antidoping. Então, foi tudo uma batalha mental. Passei meses nesse processo, com um psicólogo e um psiquiatra. No último ano, fiquei seis meses sem celular e, surpreendentemente, senti uma enorme sensação de liberdade”, desabafou.

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