Tite se diz “desconfortável” com privilégios do futebol em meio à pandemia | OneFootball

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·17 de junho de 2021

Tite se diz “desconfortável” com privilégios do futebol em meio à pandemia

Imagem do artigo:Tite se diz “desconfortável” com privilégios do futebol em meio à pandemia

Em entrevista coletiva na quarta-feira, o técnico Tite revelou se sentir “desconfortável” com os privilégios do futebol em meio à pandemia de covid-19. Para o comandante da Seleção Brasileira, o mundo da bola acaba levando vantagem sobre outras pessoas no momento de vacinação.

“Eu fico torcendo para que não tenhamos nenhum caso em nossa comissão, esse é meu sentimento. Tenho a opinião de que o futebol é privilegiado em relação a isso, eu me sinto desconfortável. O futebol é privilegiado em relação a tantas outras pessoas que precisam de vacina. Aqui não estamos falando de política, mas de saúde. As pessoas precisam de vacina para para voltar a seus empregos e voltar a dignidade”, afirmou.


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Em abril, a Conmebol recebeu 50 mil doses de vacina contra covid-19 do laboratório chinês Sinovac. O imunizante está disponível às seleções que disputam a Copa América e às equipes que participam de torneios internacionais da entidade, como a Libertadores e a Copa Sul-Americana.

Como a legislação brasileira veda o uso de vacinas contra coronavírus por entidades privadas, os clubes do país que desejam imunizar os atletas e membros da comissão técnica precisam viajar para o Paraguai. Nesta semana, o Palmeiras seguiu os passos de Atlético-GO e Atlético-MG e foi até a sede da Conmebol para tal fim.

Inicialmente, a CBF também planejava vacinar os jogadores que disputariam a Copa América no dia 8 de junho, após o duelo contra o Paraguai, em Assunção, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O plano, no entanto, não deu certo pela incerteza sobre a recepção da segunda dose no Brasil, que precisa ser aplicada 28 dias depois da primeira.

Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde confirmou 52 casos de covid-19 relacionados a organização da Copa América. Entre os infectados, 33 são jogadores e membros de delegações e os outros 19 estão entre prestadores de serviços contratados pela Conmebol para realização da competição. Até o momento, a Seleção Brasileira não contou com diagnósticos positivos para a doença.

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