Tigres e Atlas fizeram uma das semifinais mais insanas que o México já viu, mas uma substituição irregular deve invalidar o jogaço | OneFootball

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·24 de maio de 2022

Tigres e Atlas fizeram uma das semifinais mais insanas que o México já viu, mas uma substituição irregular deve invalidar o jogaço

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Pachuca e Atlas se enfrentarão na decisão do Torneio Clausura do Campeonato Mexicano. A passagem dos Tuzos veio com uma imponente vitória por 3 a 0 sobre o América, após o empate por 1 a 1 no Azteca. Já o Atlas, em busca do bicampeonato, passaria com muito mais sofrimento. Depois da vitória por 3 a 0 sobre o Tigres em Guadalajara na ida, os rojinegros precisaram de um gol agonizante na volta em Nuevo León. Os felinos abriram 4 a 1 no placar, de virada e com quatro gols no segundo tempo, e iam se classificando por terem a melhor campanha. Foi só aos 55 da etapa final que o gol salvador do Atlas saiu, determinando a passagem mesmo com a derrota por 4 a 2. A partida emocionante, porém, não deve ficar registrada assim nos livros. A escalação irregular de um jogador do Tigres daria a vaga para os Zorros de qualquer forma.

O Campeonato Mexicano ordena que, no máximo, oito jogadores não formados em clubes do país estejam em campo. O problema é que o técnico Miguel Herrera substituiu Hugo Ayala por Florian Thauvin na volta do intervalo e ficou com nove estrangeiros durante alguns minutos. Assim, a Liga MX deverá anular o resultado de 4 a 2 para o Tigres e dar a vitória para o Atlas. Não é a interferência que muda a classificação dos Zorros, de qualquer maneira. Quem mais deve se lamentar é André-Pierre Gignac, autor de três gols na noite. O francês tinha chegado a 29 gols em mata-matas do Campeonato Mexicano e se tornado o terceiro maior artilheiro das fases decisivas. Com a punição, volta aos 26.


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Quando Thauvin entrou, o Tigres estava sendo eliminado de maneira clamorosa. O Atlas terminou o primeiro tempo em vantagem no Estádio Universitario, com um gol de Julián Quiñones, e fazia 4 a 0 no agregado. A virada do Tigres começou no segundo tempo, com um pênalti que Gignac sofreu e converteu aos nove minutos. Cinco minutos depois, o francês virou numa chicotada de primeira. E também fez o terceiro, aos 29, de pênalti. Neste momento, os felinos ficavam a um gol da classificação, que saiu aos 36, com Igor Lichnovsky num lance brigado.

Todavia, aos 48, o Atlas ganhou a chance de marcar o segundo gol, através de um pênalti garantido pelo VAR. A marcação demorou e, antes da cobrança, o goleiro Nahuel Guzmán chorava em campo – o que rendeu cartão amarelo por atrasar a batida. Aldo Rocha teve nervos de aço para converter e assegurar a classificação dos rojinegros. O Tigres não mais reagiria e Guzmán ainda seria expulso com o segundo amarelo no final.

Depois da partida, o técnico Miguel Herrera reconheceu seu erro por descuido: “Foi um erro meu, por estar pensando nos gols. Já tinha as mudanças na cabeça quando Hugo me disse que não podia mais. Eu não me dei conta, a responsabilidade é completamente minha. Não chegamos à final, mas fico tranquilo pela atitude do grupo. Ficamos com essa sensação de tristeza, ao pensar que o torneio segue”.

A decisão do Clausura acontece em duas partidas, a primeira em Guadalajara, na próxima quinta-feira. A volta está marcada para o Estádio Hidalgo, como o Pachuca possui melhor campanha, no domingo. Diferentemente do que acontece nas fases anteriores, a final não possui vantagem de empate para a equipe que possui melhor classificação.

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