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·13 de agosto de 2025
Ter Stegen perde espaço e o futuro no Barcelona está em xeque

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·13 de agosto de 2025
O relacionamento entre Marc-André ter Stegen e o Barcelona passou por uma tensão inédita nos bastidores neste verão europeu, marcada por decisões administrativas e incertezas quanto ao futuro do goleiro alemão. Segundo relatos do Mundo Deportivo e do AS, a situação envolveu divergências sobre a gravidade da lesão lombar de ter Stegen, que exigiu nova cirurgia e afastamento prolongado dos gramados—ao menos quatro meses, podendo chegar a cinco, de acordo com os laudos médicos citados.
A gravidade do quadro obrigou o Barcelona a acionar a comissão médica da LaLiga para validar o afastamento do camisa 1 e, assim, buscar a liberação de parte de sua folha salarial para inscrever Joan Garcia, recém-contratado e visto como aposta de longo prazo para a meta catalã. As ações da diretoria mostraram claro movimento de transição: além de Garcia, o clube renovou o contrato de Szczesny, premiado pela consistência recente, sinalizando mudança estrutural na hierarquia dos goleiros.
O processo de afastamento de ter Stegen foi turbulento. Em um primeiro momento, o goleiro mostrava-se otimista com um retorno em três meses e relutou em assinar autorização para envio do relatório médico à liga, atitude que desencadeou perda momentânea da braçadeira de capitão e a abertura de processo disciplinar interno. A resposta do clube foi dura, mas a resolução ficou evidente no evento Joan Gamper, quando, após reflexão do jogador, a situação se normalizou, com direito a aplausos da torcida e manifestação pública de apoio do presidente Joan Laporta: “Ter Stegen esteve excelente. O que havia ficou resolvido. Suas palavras foram sinceras e isso também era preciso para as pessoas, alguém liderando”.
Nos bastidores, porém, o caso reiterou o desgaste na comunicação entre atleta e diretoria. O próprio ter Stegen só tomou conhecimento da perda de protagonismo ao retornar das férias, e a conversa direta com Hansi Flick já ocorreu em clima de distanciamento. Segundo a avaliação do AS, a coexistência agora é pacífica mas provisória: resta a expectativa de que, até o mercado de inverno, ter Stegen e clube definam se a melhor saída é um empréstimo — cenarizado como o mais viável financeiramente — ou permanecem juntos para o fim do contrato vigente. O desejo do jogador de disputar o Mundial pela Alemanha em 2026 também pode pesar nessa balança.
A condução do caso por parte do Barcelona foi apontada como exemplo de crise administrativa: o clube permitiu que a situação se arrastasse, expondo publicamente um ídolo recente e descontentando torcedores e jogadores. Na prática, o futuro imediato do gol blaugrana está nas mãos da recuperação física de ter Stegen e nas decisões regulatórias da liga sobre inscrições. O clube sabe, inclusive pelo exemplo de Donnarumma no PSG, que o cenário pode mudar rapidamente para qualquer goleiro no futebol de elite.
Fontes: Mundo Deportivo, AS.
Photo by Alex Caparros/Getty Images