
Central do Timão
·15 de junho de 2025
Técnico do Corinthians Sub-17 demonstra “entusiasmo” com presença de jovem nos treinos do profissional

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·15 de junho de 2025
Nas últimas semanas, o atacante Kauê Furquim, de 16 anos, vem sendo a grande sensação do noticiário do Corinthians. Titular no Sub-17, o atacante participou dos treinamentos com a equipe principal, comandada por Dorival Júnior, em meio às baixas ocasionadas pela Data Fifa.
Inclusive, ele chegou a ser relacionado para a partida da última quinta-feira, 12 de junho, diante do Grêmio, pelo Brasileirão, em Porto Alegre, mas acabou sendo cortado do banco de reservas. Desde os oito anos no Parque São Jorge, Furquim atuou até os 14 anos no futsal corinthiano, até migrar para o campo. Seu contrato com é válido até dezembro de 2028 e tem uma multa de 50 milhões de euros (cerca de R$ 318 milhões para clubes do exterior).
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Em entrevista à Rádio Bandeirantes na última semana, o técnico da categoria Sub-17 do Corinthians, Raphael Laruccia, falou sobre as características do atleta e detalhou a trajetória dele nas categorias de base corinthiana. “Assim como o (Kauê) Furquim, nós temos muitos outros talentos ali, e o Furquim é um menino que desde o início do trabalho, na nossa pré-temporada, ele já foi integrado”, disse. Laruccia prosseguiu:
“Ele iniciou o ano na categoria Sub-16, mas rapidamente já foi integrado ao Sub-17, e ele veio demonstrando para nós no dia a dia uma capacidade muito grande de envolvimento, um potencial muito grande. Um jogador corajoso, que busca um contra um, que tem velocidade, tem drible, tem uma boa finalização no pé esquerdo, que a gente está aprimorando o trabalho com o pé direito dele também, que é importante.”
Em seguida, o comandante detalhou o trabalho mental feito com os Filhos do Terrão citando o exemplo do jovem de 16 anos. Laruccia também ressaltou o feedback positivo da comissão técnica do profissional sobre o jogador.
“Ao longo desse processo ele teve uma certa oscilação em algum momento, e a gente conversa com ele. A gente tem um cuidado muito grande em entender o processo dos atletas. Eu costumo dizer que, como líder ali do processo da comissão sub-17, procuro passar isso pra comissão também, que a gente tenha um olhar mais humano pro processo, porque no final de contas a gente tá trabalhando ali com o ser humano e a gente não pode dissociar o ser humano do atleta, e eu acredito muito que você tem um ser humano bem formado vai ser um atleta que vai performar bem.”
O treinador afirmou que as orientações fizeram Furquim retomar o nível de performance que ele vinha apresentando, voltando à titularidade, atuando bem especialmente no Brasileiro: “A partir do segundo jogo, ele entrou com frequência, contra América-Mineiro, Cruzeiro e Red Bull Bragantino. Ele fez três jogos em altíssimo nível, sendo um dos protagonistas da nossa equipe, e o fato é que obviamente chamou atenção da nossa comissão, do profissional, que acabou convocando ele para treinar, e pelo que a gente teve de feedback, teve uma boa performance também.”
Posteriormente, o técnico do Timãozinho revelou o sentimento de ter um atleta do Sub-17 treinando no time profissional e deu detalhes do planejamento da comissão técnica quanto aos desempenhos coletivos e individuais ao longo de um ano. “A gente recebe, obviamente, com entusiasmo. Até porque é um dos pilares do nosso trabalho é conseguir oferecer a nossa categoria profissional o máximo de atletas em condições de vestir a camisa e representar muito bem o clube”, explicou.
Laruccia prosseguiu: “Naquele momento que ele tá lá (no profissional) ele tá carregando um pouquinho de cada um de nós porque a gente tá junto no dia a dia ali. Ninguém no futebol consegue conquistar nada sozinho. A gente depende muito um do outro para atingir nosso melhor nível. E, ao mesmo tempo, a gente tem a preocupação de poder reajustar a equipe para a gente poder performar e obter os resultados esperados por uma campanha de clube do tamanho do Corinthians.”
Outro ponto abordado foi a importância do ambiente de pressão para a formação de atletas, principalmente no Corinthians. “Faz parte também da formação. A gente precisa criar um atleta, formar um atleta com uma mentalidade preparada para entender essa pressão. A gente costuma dizer muito para eles que a pressão é um privilégio. Essa pressão que a gente vive de estar no Corinthians é um privilégio. A gente está em um local de privilégios. E aí, quando você entende isso, você passa a perceber que diariamente você tem que honrar essa oportunidade que você tem de estar representando um clube do tamanho do Corinthians”, disse.
Por fim, Laruccia fez questão de exaltar o trabalho de todos os profissionais das categorias de base, principalmente o da sua comissão técnica e do Sub-16, que funciona como uma transição para o Sub-17 e tem o contato ex-atacante Finazzi como treinador.
“Eu gosto de falar é muito em ‘nós’, porque o trabalho de base é sempre feito a muitas mãos, nunca é uma pessoa só. O Furquim, não foi só eu que treinei ele, ele passou na mão de muitos profissionais, ele teve um trabalho de excelentes ano passado, do Eduardo Vergueiro (técnico do Sub-15). No Sub-17, a gente tem o Miltinho, que é o meu auxiliar, o Rodrigo Marin, preparador físico, e o Fernando, auxiliar de preparação física, o Juliano, preparador de goleiro, o Gustavo, analista de desempenho.”
Ele prosseguiu, citando outros profissionais da base: “Tem os nossos fisiologistas, Michel e Tobias, o nosso fisioterapeuta, Jader. Nós temos também a comissão técnica do Sub-16, que trabalha alinhada com a nossa comissão do Sub-17. Então, o Finazzi que é o treinador (do Sub-16), o Valdir (auxiliar), Eduardo Melo (preparador físico) Guilherme, preparador de goleiro, contribuem diretamente com o nosso processo. A gente fala isso abertamente com os atletas. Sub-16 e Sub-17, na nossa concepção, é uma categoria só.”
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