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·02 de setembro de 2025

Técnico do Corinthians comenta dificuldades de escalar a equipe com o alto número de desfalques

Imagem do artigo:Técnico do Corinthians comenta dificuldades de escalar a equipe com o alto número de desfalques
  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

No início da noite do último domingo, 31 de agosto, o Corinthians empatou com o Palmeiras pelo placar de 1 x 1, na Neo Química Arena, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. O gol corinthiano foi marcado pelo lateral-esquerdo Píquerez (contra). Com o resultado, o Alvinegro caiu para a 12ª posição com 26 pontos (seis vitórias, oito empates e oito derrotas – 23 gols marcados e 28 sofridos).

Após a partida, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva e comentou sobre as dificuldades em escalar a equipe em maio ao grande número de desfalques nos últimos meses, o que acaba interferindo no rendimento coletivo e, até mesmo, na condição do Corinthians no Campeonato Brasileiro.


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Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Alterações em algumas funções importantes de atletas que nós estamos perdendo ao longo da da sequência que estamos tendo e isso aí prejudica bastante uma equipe que vinha se encontrando que busca se encontrar, mas que tem tem tido dificuldades em razão de tudo aquilo que nós estamos vivendo. Por isso que para mim é valentia do time a entrega que nós tivemos uma semana muito atravessada, três jogos.”

“O campo do Vasco exigiu demais, a segunda partida no campo sintético que também tem uma recuperação completamente diferente de uma normalidade agora o jogo de hoje a frente uma equipe que teve naturalmente a tranquilidade de poder jogar no final de semana se preparar o máximo possível para esse jogo e nós tivemos que suportar uma muito grande em razão também de tudo que nós passamos aí ao longo desses últimos jogos”, iniciou.

Em seguida, enalteceu a forma como o Alvinegro vem suportando as adversidades dentro de campo. Como exemplo, desde a chegada do comandante, o trio Rodrigo Garro, Memphis Depay e Yuri Alberto esteve junto em campo durante apenas duas oportunidades, nos dois jogos das oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Palmeiras.

Olha, isso aí tem acontecido (não repetição de escalação). Desde que eu aqui cheguei, eu já falei isso daí pra vocês, nós não tivemos a equipe teoricamente, a equipe que teria, se poderia dizer, a equipe titular em campo. Nós, em todos os momentos, nós sempre tivemos problemas desde a minha primeira partida aqui e nós não temos tido a equipe completa, com todos os jogadores em condições normais, os que estão lutando por uma posição em apenas uma partida e meia. Então isso daí dificulta consideravelmente, até porque nós temos uma equipe que está se estruturando desde o ano passado. Nós estamos num processo um pouco diferente dessas equipes.”

E mesmo assim eu acho que nós temos sobrevivido, nós temos alcançado algumas formações que com superação tem nos dado alguns bons resultados, não é aquilo que nós gostaríamos naturalmente, mas eu acho que o torcedor também está começando a entender um pouco daquilo que vem acontecendo e vem se passando com a nossa equipe ao longo desse ano. Em razão desse entendimento, eu acho que é percebido que o seu apoio tem feito uma diferença muito grande, para que nós possamos por um outro lado encontrarmos aí uma condição que nos deu uma sustentação importante dentro do Campeonato Brasileiro“, continuou.

Posteriormente, fez uma análise do desempenho do atacante Memphis Depay no clássico diante do Alviverde. Na última partida, contra o Athletico-PR, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, voltou a atuar após sofrer uma lesão muscular no início do mês de agosto.

Também explicou o fato do atacante Kayke, de 21 anos, não ter sido acionado para entrar na partida. Revelado na base corinthiana e promovido ao elenco profissional após a conquista da Copinha em 2024, vinha tendo sua maior sequência no time principal, com três partidas seguidas iniciando como titular – Bahia e Vasco, pelo Brasileirão, e Athletico-PR, na Copa do Brasil.

“Eu acho que aí é dentro de uma condição em que o jogador precisa de uma sequência, é natural. Ele ficou um tempo parado e o retorno dele foi muito curto em razão da lesão anterior também, então nós temos que computar tudo isso. Ele é um jogador perigoso, é um jogador que ele provoca uma situação um pouco diferente na equipe adversária.”

No caso do Kayke, foi apenas uma opção técnica minha. Achei que nesse momento nós precisávamos de jogadores com uma outra característica por aquilo que a equipe vinha apresentando. Agora não é uma preocupação porque hoje a própria equipe não rendeu aquilo que nós poderemos em razão naturalmente do desgaste que houve ao longo da semana. Tivemos um primeiro tempo superior ao segundo, mas eu imaginava que no segundo tempo nós seríamos muitas dificuldades por isso. Eu tentei guardar o máximo possível as alterações para um setor em que poderia nos dar uma segurança um pouco maior que seria meio e talvez até alguns elementos de defesa já que o Charles jogando improvisado fatalmente fatalmente teria que ser substituído em algum momento”, prosseguiu.

Dorival Júnior também foi questionado sobre, desta vez, não ter utilizado Félix Torres improvisado na lateral-direita e sim o volante Charles. Também acrescentou sobre a situação do lateral-direito João Vitor Jacaré, de 18 anos, que faz parte do elenco Sub-20 do Corinthians e vem participando dos treinamentos com o time principal, e a carência no setor.

O atleta já possui renovação de contrato acertada por mais cinco temporadas e deve assinar o novo vínculo em breve, como soube a Central do Timão. O vínculo anterior se encerraria em novembro de 2027.

“Não, eu sempre procuro colocar o jogador a par de todas as situações, nessa, em especial, não. Porque foi uma ideia que nós preparamos para a partida, então, para mim, eu agi dentro de uma lealdade e de uma correção, porque era uma situação que eu imaginava que poderia nos ajudar na partida de hoje. Acredito que o Charles tenha ido muito bem na função, tenha desempenhado um bom jogo. Volto a falar que se tivéssemos uma mesma condição, principalmente física, a equipe um pouco mais recuperada, talvez nós tivéssemos uma atuação um pouquinho diferente, um pouco mais agressivo, sentimos um pouco, na tarde e noite de hoje, eu tenho que reconhecer e entender também que foi uma semana muito pesada. Aí que reajustados importantes foram alcançados.”

“Foi justamente na saída do (Léo) Maná. Os demais vieram um pouco antes, como o caso do Gui, como é o caso do Bahia, o caso de outros garotos que aí estão e que também já estavam conosco, já num processo, nós estávamos imaginando que poderíamos usá-los. Na saída do Maná, o Jacaré passou a integrar, ainda não está definido, não tem a sua situação totalmente definida, com o clube, está num processo de acertos. Eu preciso primeiro de um ok do Departamento de Futebol para que depois eu possa ver o momento que ele esteja vivendo e a condição que ele se apresente para a equipe.”

Por fim, comentou as expectativas que possui para o Corinthians no Campeonato Brasileiro após o retorno da Data Fifa e, se possível, com a maioria dos jogadores disponíveis.

Eu acho que é uma expectativa muito positiva em razão daquilo que eu já vi a equipe produzir quando nós tivemos todos os jogadores recuperados e à disposição. Quando isso não aconteceu, nós tivemos alguns improvisos, tivemos que fazer algumas alterações, nos faltou algumas características que eu pontuo como essenciais e fundamentais, mas não vamos falar a respeito disso porque eu sei que até o final do ano não terei mais nenhum atleta que possa chegar.”

“Então, eu tenho que conviver com essa situação, buscando alternativas dentro do nosso grupo, do nosso elenco, às vezes tentando encontrar essas soluções em jogadores que não atuaram ou atuaram poucas vezes em determinadas funções, mas isso vai acontecer porque o nosso elenco é um elenco enxuto e que precisaremos ter aí algumas improvisações, infelizmente, ao longo dessa competição“, finalizou.

O Corinthians voltará aos gramados somente no dia 10 de setembro, às 21h30 (horário de Brasília), para enfrentar o Athletico-PR, na Neo Química Arena, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Um empate por qualquer placar garante vaga nas semifinais do torneio mata-mata nacional.

Confira abaixo outras respostas do técnico Dorival Júnior:

Saída de Garro do jogo – mudanças no meio-campo

“Tentar fortalecer o meio-campo e um jogador que pudesse aproximar um pouquinho mais com Memphis e até porque o Palmeiras se soltou para cima naturalmente e percebeu que nós estávamos com algumas dificuldades. É um fato natural isso. Eles se projetaram, se jogaram para cima, Memphis era um cara que estava retendo muito bem a bola. Nós estávamos, pelo menos com isso, nós estávamos tentando ter uma aproximação.”

“É natural que depois de longo período parada, a primeira partida que ele faz, que ele cumpre noventa minutos, mas é um jogador que a gente, pela capacidade, pelas qualidades que possui, assim como o Garro, nós temos a obrigação de sempre estarmos acreditando, mesmo que em determinados momentos de uma partida, ele não viva uma grande noite, uma grande tarde. Eu acho que é a obrigação do treinador ter essa percepção e, de repente, com ele ali. Dentro, nós ainda poderíamos ter tido algumas oportunidades. Foi isso que imaginei para a fase final da partida.”

Evolução da equipe

“É evoluindo, os resultados não mostram aquilo que a equipe vem apresentando, nós tivemos jogos aí que nós poderíamos ter tido um resultado melhor. Eu tenho convicção que as coisas vão se acertar, naturalmente, desde que eu tenha esses jogadores recuperados, quando nós temos todos eles em condições, a equipe se torna uma equipe muito forte, não tendo naturalmente as dificuldades são um pouco maiores. É um fato natural, temos que conviver com isso e passar para o torcedor aquilo que esteja acontecendo de verdade, sem que pensemos em, de repente, criar uma ilusão ou uma falsa situação.

“O momento é esse, a realidade é essa, agora o Corinthians não tem deixado de jogar bem não, o Corinthians tem feito bons jogos, jogos muito equilibrados, se impondo na maioria deles, raras as exceções aconteceram, como numa semana como essa, onde nós tivemos dois jogos. Jogos muito seguros e regulares e o jogo de hoje com o nível de dificuldade um pouco maior e fazendo o próprio desgaste que a equipe teve. Eu acho que quem não perceber isso, quem não entender isso, fica muito difícil de você buscar uma explicação.”

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