Esporte News Mundo
·14 de fevereiro de 2024
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Freddy Adu surgiu com muita expectativa no futebol. Aos 14 anos, o jogador se profissionalizou, aos 16 estreou pela seleção principal dos Estados Unidos e recebia o maior salário da Major League Soccer, o principal campeonato do país norte-americano, quando atuava pelo DC United. No entanto, a carreira do atleta não foi o sucesso que todos esperavam.
Aos 18 anos, Freddy Adu foi contratado pelo Benfica junto ao Real Salt Lake, onde não se firmou, após um Mundial Sub-20. O clube português pagou 1,5 milhão de euros pela então promessa norte-americana.
A transferência acabou não sendo boa tanto para o jogador quanto para o Benfica. Thomas Rongen, que era o treinador da Seleção dos EUA Sub-20, revelou, em entrevista ao The Guardian, que tentou fazer que a negociação não acontecesse.
– No aeroporto, depois do Campeonato do Mundo de 2007, implorei ao agente dele para não assinar com o Benfica – contou.
– Eu sabia que era um passo demasiado grande para um jogador tão jovem. E a decisão acabou por ser errada. Ele foi emprestado seis vezes num período de quatro anos – explicou.
Após uma temporada no Benfica, Adu começou a declinar na carreira e passou a ser emprestado pelo clube. Foi cedido ao Monaco, da França, Belenenses, de Portugal, Aris, da Grécia, e Caykur Rizespor, da Turquia. Rongen recordou o potencial do jogador.
– Era muito imprevisível e, para um jogador norte-americano, nunca tínhamos visto nada assim. Aos 14, 15 anos, domina jogadores e equipes do seu escalão etário, a nível nacional e internacional. Fazia assistências e marcava gols com facilidade – disse.
Adu chegou a jogar no Brasil, pelo Bahia. Depois de mais algumas passagens por outros clubes sem se destacar, encerrou a carreira em 2021, após dois anos sem clube, no Osterlen FF, da 3ª divisão do futebol sueco.
– Depois de todas essas experiências, ele nunca mais foi o mesmo Freddy feliz. Ele estava cansado, dizia que queria voltar ao mais alto nível e queria fazer isso. Mas simplesmente não sabia como. Acho que ele perdeu a paixão e a alegria pelo seu primeiro amor, o jogo de futebol – concluiu Rongen.