Tarde demais: México vence Arábia Saudita, mas acaba eliminado com requintes de crueldade por um gol | OneFootball

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Trivela

·30 de novembro de 2022

Tarde demais: México vence Arábia Saudita, mas acaba eliminado com requintes de crueldade por um gol

Imagem do artigo:Tarde demais: México vence Arábia Saudita, mas acaba eliminado com requintes de crueldade por um gol

Após dois jogos horrorosos, o México enfim jogou futebol no terceiro jogo da Copa do Mundo e tratou de amassar a Arábia Saudita, mas perdeu chances e ficou só nos 2 a 1, resultado insuficiente para classificar. Não faltou determinação e a atuação desta vez é elogiável. El Tri foi dominante desde o começo do jogo, criou mais chances e poderia ter feito um placar maior. O problema é que o futebol que faltou nas rodadas passadas, e especialmente os gols, fizeram muita falta. E todos os gols perdidos neste jogo contra os sauditas também. Por um gol no saldo, o México foi eliminado. Os mexicanos acordaram tarde demais na Copa.

Escalações: os dois times mudam

Os sauditas vieram com mudanças, colocando Saud Abdulhamid na lateral esquerda e Sultan Al-Ghannam na direita. Entrou Ali Al-Hassan entrou no meio-campo no lugar de Abulealah Al Malki. No mais, o time foi o mesmo.


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Os mexicanos também mudaram. Nada de linha de três: desta vez os mexicanos vieram com linha de quatro, com a saída de Nestor Araujo. O lateral direito Kevin Álvarez também deu espaço para Jorge Sánchez. O meio-campo foi diferente também: teve o retorno de Edson Álvarez e saída dos veteranos Héctor Herrera e Andrés Guardado. Entrou Orbelín Pineda, um jogador mais ofensivo. Além dele, entrou Henry Martin no comando de ataque, deixando Hirving Lozano e Alexis Veja pelos lados.

Primeiro tempo: México amassa, mas o gol não sai

Foi a primeira vez que vimos uma postura agressiva e eficiente do México. Nos dois jogos anteriores, não foi nenhum dos dois. Os mexicanos entraram sabendo que precisavam não só da vitória, mas de tirar saldo. E contra um time que foi bem nos dois primeiros jogos. Então, El Tri entrou com a faca nos dentes.

O México começou tentando explorar a linha de impedimento dos sauditas. Logo a dois minutos, Alexis Veja foi lançado pelo meio e saiu na cara do gol, mas o goleiro Mohammed Al-Owais fechou o ângulo e saiu nos pés do atacante para defender. Os sauditas chegaram pela primeira vez aos 12 minutos, em uma arrancada de Mohammed Kanno, que só -foi parado com falta. Na cobrança, ele bateu por cima do gol.

Buscando os lados do campo, o México criou perigo em jogada com Hirving Lozano. Ele foi até a linha de fundo, cruzou, a bola ficou pipocando na área, até que Luis Chavez pegou de primeira, no alto, e exigiu defesa do goleiro Al-Owais. Também pela direita, aos 24, os mexicanos conseguiram finalizar de novo, mas desta vez Orbelín Pineda bateu fraco e o goleiro saudita defendeu.

Aos 35 minutos, o México teve mais uma boa chance em cobrança de escanteio ensaiada, que o lateral Jesús Gallardo apareceu libre, na entrada da área, e finalizou de primeira com o pé direito, que não é o seu preferido, e mandou para fora, sem perigo. A jogada, porém, foi bem feita.

Nos minutos finais do primeiro tempo, finalmente vimos um pouco da Arábia Saudita dos dois primeiros jogos, que venceu a Argentina e que dificultou para a Polônia. Primeiro, em lançamento pelo meio que Kanno demorou a definir e acabou perdendo a bola no jogo de corpo. Depois, em jogada pela direita, Ali Al Hassan apareceu no meio para cabecear e levar perigo. Foram os dois melhores lances dos sauditas na primeira etapa, que teve o México melhor na maior parte do tempo.

Segundo tempo: os gols vêm, mas não o bastante

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Mexicanos comemoram o gol de Luis Chávez (Francois Nel/Getty Images)

Logo no começo do segundo tempo, o México, enfim, conseguiu o seu primeiro gol na Copa do Mundo. Em escanteio do lado esquerdo, Chávez cobrou para a área, César Montes desviou de letra e Henry Martin apareceu na pequena área para empurrar para a rede: 1 a 0.

Para o México, vencer não era suficiente. Como a Argentina já vencia no começo do segundo tempo, era preciso ao menos mais dois gols para tirar o saldo da Polônia. Sabendo disso, o México continuou pressionando e não demorou para chegar ao segundo gol na partida. Chávez, em cobrança de falta de longe e com curva, colocou bem no canto e o goleiro Al-Owais não chegou: 2 a 0, aos sete minutos. Faltava um para o México, se o resultado do outro jogo se mantivesse.

Aos 10 minutos, veio o terceiro gol, anulado por impedimento. Lozano tabelou com Martin e finalizou no canto, vencendo o goleiro, mas o assistente imediatamente anulou, confirmado pelo VAR em seguida. O jogo era dos mexicanos, que partiam para cima.

A Argentina fez o segundo gol no outro jogo e o México continuava precisando só de um gol para ficar com a vaga. E a pressão dos mexicanos era grande. Depois de rebote da defesa, o México ganhou pelo alto e a bola sobrou na área para Henry Martin finalizar de primeira, mas bater por cima.

Chávez, em grande noite, levou perigo de novo em uma cobrança de falta que exigiu uma grande defesa de Al-Owais. E só dava México: eram 30 minutos, os mexicanos corriam atrás do gol desesperadamente. Pineda recebeu pelo meio, fez o giro e, de fora da área, chutou colocado, com perigo, mas a bola passou perto. Gerard Martino, então trouxe dois jogadores para campo: entraram Carlos Rodriguez no lugar de Pineda e Raúl Jiménez no lugar de Henry Martin.

Em um ataque rápido pelo meio, Lozano foi derrubado por Abdullah Madu, que tomou cartão. Na cobrança ensaiada, Lozano ajeitou para Chávez chutar forte, mas bateu na defesa. O México continuava em cima e buscando o terceiro gol. Aos 42 minutos, em lançamento pelo meio, Antuna recebeu na cara do gol e tocou por baixo do goleiro para colocar no fundo da rede, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento do jogador mexicano.

Já nos acréscimos, Salem Al-Dawsari tabelou com Bahebri e saiu na cara do gol para marcar o seu segundo gol na Copa: 2 a 1, aos 49 minutos. O gol não eliminava o México, porque faltava um gol de qualquer jeito para, desta vez, igualar o saldo da Polônia e ultrapassar pelos gols marcados. Os mexicanos foram determinados, buscaram até o último segundo, mas o gol não veio. A eliminação se consolidou para o time latino-americano. A sensação era de desolação para a equipe, que pareceu tão perto de alcançar algo tão difícil.

A Arábia Saudita, que começou com grande vitória sobre a Argentina, cumpre a previsão de terminar em último lugar no grupo com duas derrotas nos demais jogos. O time decepcionou neste jogo, em que foi amassado pelo México. No fim, a eliminação prevista aconteceu também para os sauditas.

Quem avança neste grupo é a Argentina em primeiro lugar e a Polônia, por um triz, em segunda. Era a previsão inicial, mas com um trajeto muito diferente. A Argentina enfrenta a Austrália na próxima fase, no sábado. A Polônia enfrenta a França no domingo.

Ficha técnica

Arábia Saudita 1×2 México

Local: Estádio Lusail, em LusailÁrbitro:  Michael Oliver (Inglaterra)Gols: Salem Al-Dawsari (Arábia Saudita), Henry Martin, Luis Chávez (México)Cartões amarelos: Saleh Al-Shehri, Ali Al-Hassan, Hassan Al Tambakti, Abdullah Madu, Abdulelah Al-Amri, Hattan Bahebri (Arábia Saudita), Edson Álvarez (México)Cartões vermelhos: nenhum

Arábia Saudita: Mohammed Al-Owais; Hassan Al Tambakti, Abdulelah Al-Amri e Ali Al-Boleahi (Riyadh Sharahili); Sultan Al-Ghannam (Hattan Bahebri), Ali Al-Hassan (Abdullah Madu), Mohammed Kanno e Saud Abdulhamid; Firas Al-Bukaikan, Saleh Al-Shehri e Salem Al-Dawsari. Técnico: Hervé Renard

México: Guillermo Ochoa; Jorge Sánchez (Kevin Álvarez), César Montes, Héctor Moreno e Jesús Gallardo; Edson Álvarez (Rogelio Funes Mori) e Luis Chavez; Hirving Lozano, Orbelín Pineda (Carlos Rodríguez) e Alexis Vega (Uriel Antuna); Henry Martínez (Raúl Jiménez). Técnico: Gerardo Martino

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