Svilar brilhou, a Roma eliminou o Feyenoord de novo e avançou às oitavas da Europa League | OneFootball

Nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, a Roma recebeu o Feyenoord no estádio Olímpico e, diante de mais de 67 mil, torcedores se classificou às oitavas de final da Liga Europa, deixando os holandeses a ver navios novamente, tal qual nos outros três confrontos continentais entre as equipes. A vaga foi obtida no sufoco, após uma partida emocionante, que precisou ser decidida nos pênaltis, já que o empate por 1 a 1 do jogo de ida se repetiu. Na marca da cal, o herói foi o sérvio Svilar, que virou o novo goleiro titular giallorosso.

O jogo começou com a Roma sofrendo logo aos 5. Hartman cruzou, Nieuwkoop dividiu com El Shaarawy e a bola foi na direção do mexicano Giménez, que estufou o peito para rebatê-la e inaugurar o placar para o Feyenoord. Apenas quatro minutos depois, em bate-rebate na área, Lukaku teve finalização afastada quase em cima da linha e El Shaarawy, vilão anteriormente, arrematou para fora. Em seguida, Wieffer ficou cara a cara com Svilar, mas o goleiro romanista fez ótima defesa e evitou o segundo gol dos visitantes.

Aos 15 minutos, El Sharaawy acabaria se redimindo parcialmente. O ítalo-egípcio recebeu lançamento e tocou para o capitão Pellegrini, que da entrada da área, empatou o placar com uma pintura, ao acertar um chute colocado na gaveta, sem chances para o goleiro Wellenreuther. Apesar da assistência do camisa 92, os méritos foram todos do meia romano.

Na sequência do empate da Roma, Timber tocou para Giménez, que desperdiçou uma ótima oportunidade para os holandeses, ao finalizar a bola por cima do gol. A partida estava muito aberta naquele momento e, aos 20, Pellegrini lançou Cristante, que resvalou na pelota de cabeça, na saída de Wellenreuther, e quase ampliou para a equipe romanista. O capitão romanista ainda arrematou para fora após uma ajeitada de Lukaku.

Com um belo gol, o capitão Pellegrini decretou o empate entre Roma e Feyenoord (AFP/Getty)

Depois desse momento inicial de muita movimentação, o jogo esfriou e as oportunidades claras rarearam por um bom tempo. Ao contrário dos tempos de José Mourinho, a Roma de Daniele De Rossi valorizou a posse de bola e teve a pelota por mais minutos, enquanto o Feyenoord se segurava como podia.

A Roma começou a segunda etapa de forma mais incisiva. A equipe continuava a ter mais posse e a chegar ao ataque rival mais frequentemente. O Feyenoord tentava contragolpes, mas a Loba conseguia refutá-los. Tanto De Rossi quanto Arne Slot começaram a fazer suas alterações a partir dos 60 minutos, mas a partida se manteve com o mesmo desenho, de hegemonia das defesas.

Aos 82 minutos, ocorreu um momento de suspense. Ao disputar uma bola aérea com Ueda, Llorente se chocou com o camisa 9 do Feyenoord e precisou ser substituído pelo marfinense Ndicka – o espanhol saiu consciente, mas passará a noite internado num hospital da Cidade Eterna por precaução. Passado o susto, aos 88 Lukaku recebeu de El Sharaawy na área e se desequilibrou ao tentar passar pelo marcador, deixando a pelota nas mãos de Wellenreuther. Nos acréscimos, Wieffer, sozinho, cabeceou para fora e determinou que o jogo – que ficou mais equilibrado na etapa final – fosse para a prorrogação.

No tempo extra, a situação mudou. Mais inteiro fisicamente, até por ter feito mais alterações do que a Roma, o Feyenoord passaram a controlar a posse de bola e tentaram entrar na área giallorossa com uma maior frequência. Apesar disso, o primeiro tempo da prorrogação não teve chances claras para nenhum dos times.

Autêntico romanista, De Rossi foi comemorar a classificação da Roma com a torcida (Getty)

Na etapa final, ambas as equipes mostraram certo receio de irem com força máxima ao ataque, evitando causar um erro que poderia custar a vaga – com cautela, queriam deixar em aberto a possibilidade de disputa de penalidades. Aos 113, finalmente algo ocorreu: Minteh arriscou de dentro da área e Svilar espalmou para escanteio.

Já nos acréscimos, a Roma ficou muito perto de decidir a parada ainda no tempo extra. Baldanzi roubou a bola no meio-campo e tocou para Lukaku, que pedalou e bateu bem, de direita, mas o goleiro Wellenreuther fez linda defesa no chute rasteiro e espalmou para escanteio. Na cobrança, o próprio belga subiu mais do que a defesa do Feyenoord, mas a sua testada foi para fora. Os pênaltis, então, selariam o destino da eliminatória.

A torcida da Roma gelou quando Lukaku desperdiçou a segunda cobrança, mantendo o placar em 1 a 1. Mas Svilar, com moral elevado desde que desbancou Rui Patrício e ganhou a vaga na meta da Roma, salvou a pele do companheiro. Inicialmente, foi no canto certo e pegou o chute de Hancko. Depois de Cristante colocar a equipe italiana em vantagem, o arqueiro saltou para o mesmo lado e rebateu o arremate do iraniano Jahanbakhsh, que havia entrado só para bater pênalti. Aouar e Zalewski estufaram as redes, assim como Paredes, o primeiro da lista, e a festa tomou o Olímpico. Até mesmo De Rossi desabafou e foi comemorar com as organizadas.

Em crescimento desde a troca no comando, a Roma parece ter margem de melhora até o fim da temporada. De Rossi pode não ter construído um trabalho sólido na Spal, na sua única experiência antes de chegar à capital, mas entende como (quase) ninguém como as coisas funcionam em Trigoria e sente o seu sangue correr em giallorosso. Com esta nova roupagem anímica, a Loba pode incomodar os seus adversários na Liga Europa e, quem sabe, beliscar a terceira decisão continental em três anos.