Supercopa da Espanha leva times a fugirem da neve e frio na briga por título | OneFootball

Supercopa da Espanha leva times a fugirem da neve e frio na briga por título | OneFootball

Icon: Stats Perform

Stats Perform

·11 de janeiro de 2021

Supercopa da Espanha leva times a fugirem da neve e frio na briga por título

Imagem do artigo:Supercopa da Espanha leva times a fugirem da neve e frio na briga por título

Torneio tradicional de abertura de temporada, a Supercopa da Espanha passou recentemente por significativas mudanças de formato. Nas últimas duas edições, além de não terem sido disputadas dentro do território espanhol, em 2019 – de maneira única e estranha na comparação com outras supercopas – ao invés de entrarem em campo os vigentes campeões de La Liga e Copa do Rei uniram-se a estes os vices destas competições. Quatro times na disputa. Outra grande mudança foi no calendário: ao invés de acontecer na abertura da nova temporada, passou a ser disputada na metade desta. Para a edição 2020-21, muitos foram os desafios, sendo o último deles a maior tempestade de neve dos últimos 50 anos no país.

A “Tempestade Filomena”, como foi batizada, deixou boa parte da Espanha pintada de branco. Mas apesar do visual merengue das ruas, o Real Madrid foi um dos times que mais demonstraram sua revolta pelo seu compromisso válido pela 18ª rodada da liga espanhola não ter sido suspenso devido à nevasca. O empate sem gols em um jogo com atuação ruim frente ao Osasuna, em Pamplona, intensificou esta raiva. Depois da partida, o técnico Zinedine Zidane insistiu que o jogo não deveria ter sido realizado.


Vídeos OneFootball


“Este não foi um jogo de futebol”, reclamou o francês após o empate, que manteve o Real na vice-liderança atrás de um Atlético de Madrid com três jogos a menos – o último deles, contra o Athletic Bilbao, seria realizado na capital espanhola mas foi o único a ser adiado pela falta de condições devido às longas camadas de gelo que se acumularam sobre a cidade. Zidane fez questão de mostrar sua posição contrária à realização do encontro: “não havia condições”, completou.

A preparação do Real Madrid para a partida foi caótica, de certa forma. Os jogadores chegaram a ficar horas presos dentro do avião, impossibilitado de alçar voo pelas questões climáticas. Quando o elenco aterrissou em Pamplona, os ponteiros dos relógios estavam prestes a apontar a meia-noite. Os comandados de Zidane, contudo, não foram os únicos a sofrerem. O duelo entre Elche e Getafe chegou a ser atrasado em um dia, os clubes pediram que o encontro fosse adiado, mas La Liga insistiu: chamou uma frota de Uber’s para levar os atletas do Getafe ao aeroporto de Barajas, em Madri, o que acabou protagonizando uma cena pitoresca quando imagens de jogadores fora de seus carros, os empurrando para que eles funcionassem em meio ao gelo, ganharam as redes sociais. O Getafe ganhou por 3 a 1.

É neste cenário único que os quatro times participantes da edição 2021 da Supercopa da Espanha (Real Madrid, Barcelona e os bascos Athletic Bilbao e Real Sociedad – que sequer disputaram a final da Copa do Rei da última temporada) chegam para a disputa do troféu. Mas, acredite, é possível olhar para a situação e imaginar que ela poderia ser ainda pior. A competição estava, mais uma vez, agendada para acontecer na Arábia Saudita, mas as limitações causadas pela pandemia de Covid-19 acabaram fazendo com que o troféu voltasse a ser disputado em casa. O “copo meio cheio” desta situação está justamente no local que irá receber as partidas.

A região da Andaluzia, situada no sul do país, é a que possui as maiores temperaturas da Espanha continental – uma média de máxima de 12º, o dobro, por exemplo, em relação à capital Madri. Nos próximos dias 13 e 14 de janeiro, serão disputadas as semifinais: Real Sociedad vs Barcelona e Real Madrid vs Athletic Bilbao, respectivamente. Em meio à briga pela taça, o alívio de ao menos ficar no lugar menos frio de um país praticamente congelado.