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·16 de abril de 2025
STJD pede relatório da PF para analisar caso de Bruno Henrique

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·16 de abril de 2025
Na noite desta terça-feira, foi noticiado que o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, teria sido indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro de 2023. A investigação aponta que o jogador teria forçado um cartão amarelo na partida contra o Santos, pela 31ª rodada da competição, supostamente para beneficiar apostadores.
De acordo com o "ge", o caso também será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O procurador-geral do órgão, Paulo Emílio Dantas Nazaré, solicitou o compartilhamento do relatório da PF e das provas colhidas durante as investigações.
Vale lembrar que, em novembro do ano passado, a Procuradoria havia arquivado o caso com base em um alerta da empresa Sportsradar, contratada pela CBF, por considerar os possíveis lucros das apostas "ínfimos" diante do salário de Bruno Henrique.
As investigações começaram em agosto de 2024, após casas de apostas reportarem movimentações atípicas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique no duelo contra o Santos, disputado em Brasília, em 2023.
Em questão de três horas, três plataformas diferentes emitiram alertas. Em uma delas, 98% das apostas em cartões para a partida foram feitas especificamente no nome do jogador; em outra, o percentual chegou a 95%.
Bruno Henrique entrou em campo pendurado e foi advertido nos acréscimos do segundo tempo, após cometer uma falta em Soteldo. Na sequência, foi expulso por reclamação.
A PF afirma ter encontrado em seu celular, apreendido em novembro de 2024, mensagens que reforçam a suspeita. Em uma delas, o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior, pergunta quando vai tomar o terceiro cartão amarelo ao que Bruno Henrique responde: “Contra o Santos”.
Além do atacante, foram indiciados por estelionato o irmão dele, Wander Nunes; a esposa de Wander, Ludymilla Araújo Lima; e a prima da família, Poliana Ester Nunes Cardoso. Segundo a PF, os três realizaram apostas relacionadas ao cartão.
Outro grupo de apostadores, formado por amigos de Wander, também foi indiciado: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
Bruno Henrique e Wander foram enquadrados no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata da fraude em eventos esportivos, e também por estelionato. As penas previstas variam de dois a seis anos de reclusão, além de multa, para a fraude, e de um a cinco anos para o crime de estelionato.