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·07 de agosto de 2025

STF nega pedido de habeas corpus de Augusto Melo no caso VaideBet

Imagem do artigo:STF nega pedido de habeas corpus de Augusto Melo no caso VaideBet

O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, sofreu mais uma derrota judicial nesta quarta-feira. O Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o pedido de habeas corpus que buscava a nulidade da denúncia por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso VaideBet.

A Gazeta Esportiva teve acesso ao resultado da ação, protocolada pela defesa do mandatário e rejeitada pelo STF por meio do Ministro Flávio Dino. Ele, além de rechaçar o pedido, “negou seguimento”, não permitindo que o pedido de habeas corpus prossiga.


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Além deste, havia um pedido de liminar feito pelo sócio do Corinthians e aliado de Augusto Melo, Leonel Augusto Gonçalves da Silva, para reconduzir o dirigente à presidência do clube. A ação, no entanto, foi julgada como “improcedente” pelo Ministro Cristiano Zanin.

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(Foto: Peter Leone/O Fotografico/Gazeta Press)

ALIADO DE AUGUSTO TAMBÉM É DERROTADO

Roberto Willian Miguel, conhecido como Libanês, outro aliado de Augusto Melo, também teve insucessos na Justiça nesta quarta-feira.

Ele entrou com recursos em duas ações contra o presidente do Conselho Deliberativo do Timão, Romeu Tuma Júnior, alegando má condução no processo de impeachment que culminou no afastamento de Augusto Melo. Ambos, contudo, foram rejeitados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Nos dois casos, a juíza Clara Maria Araújo Xavier chegou a citar “litigância de má-fé”.

ENTENDA O CASO

No último dia 22 de julho, a juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro acatou a decisão do Ministério Público após o indiciamento de Augusto Melo e iniciou um processo penal contra o mandatário alvinegro pelos crimes de furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa, o tornando réu no caso VaideBet.

Além dele, também se tornaram réus os demais indiciados Marcelo Mariano (ex-diretor administrativo do Corinthians), Sérgio Moura (ex-superintendente de marketing) e Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé (dono de empresa intermediária). Denunciados pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro, os empresários Victor Henrique Shimada e Ulisses de Souza Jorge, indicados como operadores financeiros de empresas envolvidas no esquema, também serão julgados.

Na denúncia, os promotores do Ministério Público exigiram que os denunciados – agora réus – paguem 40 milhões ao Corinthians como indenização. O órgão entendeu que a suposta trama criminosa entre dirigentes do Timão e o empresário Alex Cassundé rendeu tal valor de prejuízo ao clube.

A quantia é referente a: R$ 1,4 milhão pago pelo Corinthians à Rede Social Media Design LTDA, pela intermediação do contrato com a VaideBet, além de R$ 38.892.857,14 pagos pelo clube pelo rompimento do vínculo com a Pixbet, ex-patrocinadora.

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Augusto Melo usando boné da VaideBet (Foto: Rodrigo Gazzanel/Corinthians)

O Corinthians, por meio do superintendente jurídico Leonardo Pantaleão, solicitou habilitação como assistente de acusação no processo penal, o que permite ao clube a participar ativamente da ação, apresentando provas, sugerindo investigações ou questionando os denunciados durante as audiências.

O contrato assinado entre Corinthians e VaideBet virou alvo de investigação policial após a suspeita de irregularidades no processo de intermediação do acordo. Foram descobertos repasses de receitas oriundas de pagamentos do clube para a Rede Social Media Design LTDA, empresa de Cassundé.

Posteriormente, parte destes valores foram transferidos para uma empresa ‘laranja’ e chegaram a uma conta vinculada ao crime organizado, conforme comprovou o relatório assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), responsável pelo caso.

Segundo o MP, “está muito claro os caminhos tortuosos e ilegais que o dinheiro percorreu a partir do momento em que saiu dos cofres corintianos”. O órgão também diz que o montante “passou por empresas manifestamente fantasmas e, tudo indica, recebedoras ’em trânsito’ de valores escusos provenientes de estruturas criminosas e de empresas, notadamente, utilizada para as mais diversas formas de lavagem de capitais”.

ASSEMBLEIA GERAL

Além de meios judiciais, Augusto Melo pode retornar às suas funções por meio da Assembleia Geral. No encontro, os associados do clube irão votar para ratificar ou não a decisão do Conselho Deliberativo do clube.

Se os sócios aprovarem novamente o impeachment, o mandatário será definitivamente destituído. Caso contrário, ele volta à presidência normalmente e o caso é encerrado.

A Assembleia está marcada para o dia 9 de agosto, próximo sábado, das 9h às 17h (de Brasília), no Parque São Jorge.

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