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·15 de fevereiro de 2025

Sorrindo com o Armindo na Ilha

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O Benfica apareceu personalizado nos Açores, com novo desenho tático e muitas mexidas, e teve que se aplicar e chamar alguns dos «pesos pesados», mas acabou por conseguir uma importante (e suada) vitória por 0-1 sobre o Santa Clara, sensação desta edição do campeonato.

Entre jogos europeus, havia jogo importante nos Açores. Do lado do Benfica, Bruno Lage promoveu uma revolução no onze inicial, com seis mexidas, incluindo a titularidade dos reforços Dahl, Belotti e Bruma, além do jovem Leandro Santos. Do lado açoriano, por sua vez, o técnico Vasco Matos, mexia apenas no avançado, colocando Vinícius Lopes no lugar de João Costa.


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Novo desenho pouco criativo

O Estádio de São Miguel estava praticamente lotado, bem pintado de vermelho, numa mistura, aparentemente, equilibrada entre adeptos da casa e do Benfica. Dentro das quatro linhas, a primeira grande surpresa, além da revolução implementada, foi a opção de Bruno Lage por um 3x4x3, com Carreras como central da esquerda e Dahl na ala, causando um certo encaixe tático com o Santa Clara.

Como esperado, o Santa Clara deu a iniciativa ao Benfica - embora até tenha tido a primeira grande ocasião, logo aos 5', por Vinícius Lopes, numa escorregadela de Carreras - e os encarnados foram tendo bola, procurando explorar as novas dinâmicas potenciadas por este sistema, especialmente nas alas, onde tinha os maiores criativos. De resto, a nível de jogo interior e entre linhas notava-se a ausência de um médio mais criativo - Barreiro e Florentino mais recuados - e Dahl até foi o elemento mais atrevido, na esquerda (Carreras arriscou num par de movimentos interiores, mas escassos).

De notar que o estado do relvado dificultava a circulação cuidada e pensada - muitas escorregadelas -, mas o Benfica foi baixando o nível de perigo quando a intensidade inicial baixou e foi ficando bastante previsível no último terço, não conseguindo servir devidamente Belotti - teve uma enorme perdida aos 11' - nem servindo os «vagabundos» Amdouni e Bruma. A melhor ocasião do Benfica surgiu aos 40', quando António Silva acertou na barra, na sequência de um livre.

O Santa Clara, por sua vez, até assustou duas vezes na transição, mas claramente estava mais preocupado numa devida organização defensiva, até porque Florentino Luís e Leandro Barreiro - apesar de acrescentarem pouco ofensivamente - estavam fortes na recuperação adiantada.

Acelerar com novo motor

Percebendo que a sua equipa estava longe do nível desejado ofensivamente, Bruno Lage não desfez o novo sistema tático, mas promoveu a esperada e natural entrada de Kokçu ao intervalo, para trazer a criatividade necessária. O efeito foi notório e o turco trouxe tranquilidade com bola e ligação no último terço aos encarnados, acabando por ser determinante no lance do golo inaugural, aos 55': num lance paciente pela direita, desmarcou Amdouni na direita e este cruzou tenso, rasteiro, para Bruma encostar para o 0-1 (e o seu primeiro golo de águia ao peito).

Com o Santa Clara em desvantagem, os Bravos Açorianos não subiram imenso as linhas, mas subiram o suficiente para deixar o jogo com mais espaço e em aberto, até porque os da casa estavam mais atrevidos com bola. Perante isto, ambos os treinadores tentaram dar outras «armas» à equipa, o que, no caso das águias, significou a entrada de Akturkoglu e Pavlidis (Belotti teve jogo pouco conseguido).

Isto fez nascer espaço no miolo como não se tinha visto até então no jogo e foi isso que levou a que, aos 76', Sidney Lima fosse imprudente e, para travar uma transição, visse o segundo amarelo e consequente vermelho, deixando o Santa Clara reduzido a dez. Apesar disso, o Santa Clara em nada se apequenou e continuou bastante vertical, principalmente pela sua esquerda, com o sempre irrequieto Gabriel Silva a aproveitar o claro cansaço da defesa encarnada.

Inicialmente, o Benfica passou por um mau bocado, mas Bruno Lage acabou por reequilibrar - com a entrada dos jovens João Rêgo e Nuno Félix, este em estreia absoluta - a equipa e os encarnados acabaram por saber gerir a ponta final, saindo dos Açores com a vitória e os três pontos.

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