Jogada10
·19 de junho de 2025
Solto pela terceira vez, Jô se manifesta sobre responsabilidade com pensão alimentícia

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·19 de junho de 2025
Detido — pela terceira vez — desde o dia 12 de junho, o ex-jogador Jô contou com a ajuda de amigos para quitar a dívida judicial e ser liberado cinco dias depois, nessa terça-feira (17). O ex-Corinthians estava preso novamente por atraso no pagamento de pensão alimentícia, algo que, para ele, “poderia ter sido resolvido de outra forma”.
“Não sou nenhum mau-caráter, nenhum bandido. Não matei ninguém. Trata de um problema familiar, poderia terminar resolvido de outra maneira. O valor da pensão não converge com a minha atual realidade financeira”, disse à Record TV na saída da prisão.
O ex-jogador tem oito filhos no total, mas apenas dois nasceram da união de 16 anos com Cláudia Silva. O caçula é fruto de uma relação extraconjugal com a influenciadora Maiara Quinderolly, pivô do divórcio de Jô — que resultou em uma das ações judiciais contra ele.
Jô usou as redes sociais para ressaltar o papel dos amigos na sua liberdade e agradeceu aos apoiadores nos dias de reclusão. Por fim, assumiu o compromisso de quitar os débitos pendentes: “Sei da minha responsabilidade. Estou comprometido a resolver todas pendências que me trouxeram até aqui. Farei isso com responsabilidade e dignidade, pensando no melhor para os meus filhos”.
“Quero agradecer profundamente a todos que se preocuparam comigo. Todos que enviaram mensagens, ligaram, oraram ou torceram pela minha liberdade. Aos meus amigos, se não fosse por vocês, eu ainda estaria lá. Nunca esquecerei o que fizeram por mim”, completou.
Trata-se da terceira prisão do ex-jogador pelo mesmo motivo em pouco mais de um ano. Em maio de 2024, ele acabou detido em Campinas, às vésperas de uma partida pelo Amazonas FC. Já em dezembro do mesmo ano, foi preso durante um treino do Itabirito Futebol Clube, em Minas Gerais. A liberdade, em ambos casos, ocorreu sob pagamento imediato das dívidas.
O advogado de defesa, Guilherme Motai, argumenta que o valor, definido quando ele ainda atuava profissionalmente, não condiz com sua condição atual. “Ele não foge da sua responsabilidade, mas ela tem que estar adequada à sua realidade”, explicou.
O ex-jogador colocou um imóvel à venda, em São Paulo, para levantar recursos na última tentativa de resolver a dívida. Ele também alega que antecipou pagamentos no passado, mas que isso não consta no processo judicial.
“Eu posso provar quantas vezes antecipei pensões. Só que eu tinha outra realidade. Agora, quero continuar ajudando, mas dentro do justo”, declarou à Record TV.
Revelado nas categorias de base do Corinthians, o ex-jogador construiu carreira internacional atuando por clubes como CSKA Moscou, Manchester City, Everton, Galatasaray, Al-Shabab, Jiangsu Suning e Nagoya Grampus. No Brasil, além do clube paulista, vestiu as camisas de Internacional, Atlético-MG, Ceará, Amazonas e Itabirito.
Somou 225 gols ao longo da carreira, 66 pelo Corinthians, e contribuiu com 73 assistências. Viveu o auge em solo nacional com o preto e branco, clube pelo qual conquistou o Campeonato Brasileiro e a Libertadores.
Embora não tenha declarado aposentadoria oficialmente, ele está sem clube e enfrenta dificuldades para reestruturar sua vida financeira. Por ora, o ex-atacante aposta no apoio da família, dos amigos e na readequação das pensões para evitar novos episódios de prisão. “Vou correr atrás dos meus direitos também, para poder continuar ajudando”, garantiu.