Sofrimento, resiliência e a glória: a Estrela Solitária, enfim, conquista a América | OneFootball

Sofrimento, resiliência e a glória: a Estrela Solitária, enfim, conquista a América | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: oGol.com.br

oGol.com.br

·30 de novembro de 2024

Sofrimento, resiliência e a glória: a Estrela Solitária, enfim, conquista a América

Imagem do artigo:Sofrimento, resiliência e a glória: a Estrela Solitária, enfim, conquista a América

Não pôde ser com Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho e tantos outros que, vestindo alvinegro, formaram o caráter do amante do futebol no Brasil, mas, enfim, em 2024, o continente sul-americano pertence ao Botafogo! E que Botafogo!

Com um roteiro de cinema, o Glorioso superou mais de 90 minutos com um jogador a menos diante do Atlético Mineiro, em Buenos Aires, e, com uma exibição de campeão, venceu por 3 a 1, sacramentando a conquista da Libertadores, a mais esperada da história centenária do clube.


Vídeos OneFootball


Da tristeza ao delírio

O imponderável se fez presente no Monumental de Nuñez desde o primeiro minuto. Mais precisamente a partir dos 40 segundos, quando Gregore foi imprudente, acertou a sola da chuteira no rosto de Fausto Vera e foi expulso, deixando o Botafogo com um jogador a menos.

A expulsão mais rápida já vista em finais de Libertadores mudou completamente o desenho da decisão. Armado para surpreender nas transições, o Atlético, com superioridade numérica, se viu obrigado a ter a bola e ditar o ritmo do confronto. Não estava nos planos. Ainda assim, o time comandado por Diego Milito ameaçou uma pressão e chegou a assustar com dois chutes de fora de Hulk, que foram defendidos por John.

Com o passar do tempo, porém, o Glorioso se encontrou em campo e, beneficiado pelos ajustes táticos de Artur Jorge, fez o suficiente para neutralizar o ataque atleticano, que sofreu com a falta de repertório do setor criativo. Já sem sofrer tanto na defesa, o Fogão ainda encontrou espaços para agredir o terreno inimigo.

Foi quando aos 35, Luiz Henrique foi acionado pela esquerda, se livrou de Lyanco e rolou para Marlon Freitas, que finalizou de primeira. A bola desviou em Junior Alonso no meio do caminho e voltou para Luiz Henrique, que, bem posicionado, mandou para o fundo das redes. E não parou por aí. Tirando proveito do desequilíbrio do Atlético, que se perdeu completamente depois do gol sofrido, o Glorioso arriscou adianta suas linhas e colheu os frutos.

Aos 42, após bola esticada pela direita, Arana e Everson bateram cabeça, Luiz Henrique foi mais rápido e sofreu pênalti do goleiro atleticano, confirmado após análise no VAR. Na cobrança, Alex Telles bateu firme e ampliou a vantagem botafoguense.

Galo reage, mas não impede o brilho inédito da Estrela Solitária

Na volta do intervalo, sem ter outra alternativa, Diego Milito mandou o Atlético para o ataque, promovendo as entradas de Mariano, Bernard e Vargas. O chileno, inclusive, foi o responsável por devolver a esperança dos mineiros logo aos dois minutos.

Após cobrança aberta de escanteio de Hulk, Eduardo Vargas apareceu completamente livre na segunda trave e sequer precisou saltar para testar firme no contrapé de John e diminuir o prejuízo atleticano na decisão: 2 a 1.

O gol deu ainda mais confiança para o Galo, que deu início a um verdadeiro ataque contra defesa em Buenos Aires. Aos 18, Hulk recebeu pela direita, se livrou da marcação de Marçal e colocou no cantinho, obrigando John a fazer uma grande defesa.

Após essa oportunidade, entretanto, o Atlético voltou a sofrer com a dificuldade de construir na intermediária ofensiva. Com 80% de bola e o dobro de finalizações do Botafogo, o time atleticano passou a abusar dos chuveirinhos na área e facilitou a vida da dupla Barboza e Adryelson.

Nos minutos finais, o time de Diego Milito foi para o tudo ou nada, esqueceu a tática e acabou castigado por um dos grandes personagens do Botafogo nesta Libertadores. Já nos acréscimos, Junior Santos, grande goleador no início da temporada e que sofreu com uma grave lesão, fez linda jogada individual, contou com desvio do adversário na área e, com o gol vazio, sacramentou a conquista inédita da América para o Alvinegro de General Severiano.

Saiba mais sobre o veículo