Portal dos Dragões
·27 de maio de 2025
Sócio do Porto foi agredido “por não cantar Pinto da Costa, Olé!”

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Carlos, de 62 anos, expressou o seu “medo” e lamentou que a segurança, que deveria protegê-los, “não estava a proteger”. Ele sofreu a fractura de duas costelas, e a sua mulher e filho também foram agredidos. Um jornalista, que presenciou a situação, relatou ter recebido insultos e ameaças de Vitor Catão, e, temendo pela sua segurança, teve de abandonar o local sem conseguir realizar a sua reportagem.
Carlos explicou que estava sentado na bancada Norte com a sua mulher e filho. Para ele, “quem não cantasse ‘Pinto da Costa, Olé’ estava a ser sinalizado” para ser alvo de provocações e até de agressões. Em determinado momento, “Apareceu um indivíduo do nada, a dizer que estávamos a cuspir no prato que nos deu de comer e deu uma bofetada no meu filho. Eu reagi e acertei-lhe com um soco”.
Carlos já havia identificado o agressor do seu filho na bancada central. “Estava com uma perna dentro do muro e outra fora do muro. Não me pareceu uma posição normal. Estávamos a conversar e, de repente, ele apareceu à nossa frente”, relatou, referindo-se a Vítor Aleixo, pai. Carlos assegurou que nunca recebeu nada do FC Porto. “Se calhar o Pinto da Costa deu de comer a esse indivíduo”, acrescentou.
Mais pessoas se juntaram à família. Carlos, a mulher e o filho estavam a sair, mas Carlos foi agredido e empurrado, caindo pelas escadas e ficando preso atrás de cadeiras, com o filho a tentar protegê-lo. O agressor, que o atacou “cobardemente” nas escadas e agrediu o filho, foi Aleixo, filho. “A minha mulher também foi agredida e ficou com algumas marcas”, contou. Carlos quebrou duas costelas e revelou ter sentido medo. “Nunca pensei passar por uma situação destas. Mesmo reformado e com 62 anos, ainda me custa ver aqueles vídeos. Senti-me humilhado”, revelou.
Ao final do seu testemunho, os dois Aleixo foram pedir desculpa a Carlos. Para além de se desculparem, Bruno Aleixo mostrou-se “disponível para cobrir todas as despesas dos danos causados”. Vítor Aleixo também se desculpou com a família, lamentando que “foi um ato que não deveria ter acontecido. Somos todos sócios”.
Carlos não aceitou as desculpas. “As desculpas não se pedem, evitam-se”, justificou, afirmando que não desistiria da queixa contra ambos, se isso fosse possível.