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·25 de fevereiro de 2020

Sobre Cartola, Rivellino e Fluminense

Imagem do artigo:Sobre Cartola, Rivellino e Fluminense

É carnaval;

e dos aspectos mais relevantes da nossa cultura, além deste, é garantida a cativa do futebol. Por vezes combinados, resultam em um espetáculo de grandiosidade típica das avenidas. Esse ano, por exemplo, além da homenagem à Rainha Marta pela Inocentes de Belford Roxo, a Imperatriz Leopoldinense dedicou uma ala ao Flu por conta de seu samba enredo que homenageava Lamartine Babo, compositor do nosso hino. Já em 2003, a Acadêmicos da Rocinha teve por tema de seu samba enredo o centenário do clube-mais-amado-do-Brasil – que não foi lá grandes coisas e ficou em décimo do grupo A.


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Mas vamos ao que interessa. Começando pelo começo, que tal falar em um dos maiores nomes do samba?

Angenor – sim, com N – de Oliveira, o Cartola. Nascido em 1908 no Catete e crescido em Laranjeiras, era torcedor fanático do Tricolor, como não poderia deixar de ser. Lá, teve seu primeiro contato com ranchos carnavalescos e via treinar o Flu de Marcos Carneiro de Mendonça, além de testemunhar o início das obras do Estádio que tem mais história que certos clubes por aí.

Desde cedo no mundo da música, em 1919 mudou-se com sua família pro morro da Mangueira, de onde emergiria o inigualável sambista. Mais tarde, em 1928, fundaria a Estação Primeira de Mangueira e há quem diga que o colorido de sua bandeira tem por inspiração as três cores que traduzem tradição.

Mas nossas histórias não se cruzam somente na esquina do amor com a paixão.

Em 1975, ano em que Rivellino se juntaria à Máquina Tricolor, o então presidente Francisco Horta proporia à Cartola o desfile da Torcida Manga-Flu. A ideia era simples e discreta como um folião: a convidada de honra seria a bateria da escola de samba, que sairia do morro em direção ao Maracanã lotado, em pleno sábado de carnaval, para a estréia do craque contra seu ex clube.

Não bastando a tacada de mestre do mandatário tricolor para trazer o camisa 10 para o Fluminense (a quem interessar possa, aqui nas palavras do próprio), Rivelino marcaria 3 gols nesse jogo, sendo um golaço de cobertura com passe de Zé Mário.

Com Rivellino, fomos campeões cariocas em 1975 e 1976, além de vencer o bicampeão europeu Bayern de Munique de Beckenbauer em um amistoso e o Torneio Paris, em que jogaram o PSG, a seleção olímpica do Brasil e a européia.

Cartola faleceu em 1980, no mesmo dia em que levantaríamos a taça do Carioca após uma vitória contra o Vasco. Enterrado junto à uma bandeira do Fluminense, o boêmio do morro da Mangueira saía do mundo da malandragem para entrar na história do samba e do clube que tanto amava.

Bom final de carnaval já ansiosa – e um pouco estressada – com o nosso reencontro com o Moto Club.

Amanhã é dia!

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