Gazeta Esportiva.com
·11 de setembro de 2023
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O Santos apresentou na tarde desta segunda-feira o atacante Maximiliano Silvera, que assina com o clube até o fim da temporada 2023 vindo do Necaxa, do México. Em entrevista coletiva no CT Rei Pelé, o uruguaio falou sobre a adaptação ao novo clube. Ele afirmou ter conversado com o compatriota Rodrigo Fernández para se adequar melhor ao elenco, que tem oito estrangeiros, e declarou que encontrou um grupo comprometido a tirar o Peixe do ‘poço’.
“Claramente a elevada quantidade de estrangeiros no elenco ajuda na adaptação. Quando tive a possibilidade de vir para cá, falei com o Rodrigo Fernández e na hora ele me deu muitas referências. Eu já conhecia o Santos, assim como todo mundo, tem uma história muito rica, tanto em jogadores, campeonato e em nível de clube também. Também falei com o [zagueiro] Emiliano Velázquez, que estava aqui, outro uruguaio, e isso ajuda para estar aqui nos primeiros dias”, disse.
“Depois, obviamente estou consciente do momento que o Santos está vivendo, mas também tenho consciência que é um clube muito grande e que vai sair dessa situação, pela tradição que tem. Me encontrei com um grupo muito comprometido com a camisa do clube, muito trabalhador e venho para somar com isso, para trabalhar e ajudar de alguma maneira a sair deste ‘poço’, deste lugar que o Santos não merece estar. Já estamos trabalhando para isso”, continuou o jogador.
O centroavante de 26 anos também justificou sua apagada passagem pelo futebol mexicano. Após temporadas artilheiras pelo Cerrito, do Uruguai, Maxi Silvera não conseguiu engrenar no um ano e meio que passou no país da América do Norte. Por lá, entre Juárez e Necaxa, foram 41 partidas, um gol e três assistências. Para ele, a mudança de posição foi determinante para a queda de rendimento.
“A verdade que não fui bem no futebol mexicano, não pude fazer muitos gols, mas também cheguei do Uruguai sendo artilheiro e jogando pelo centro, mas quando cheguei no Juárez e no Necaxa me utilizaram tanto como ‘enganche’ quanto ponta, extremo. Isso para mim era algo novo e tive que ir me adaptando. Quando o fiz, estava mais distante do que vinha sendo no Uruguai, mas hoje enxergo que me serviu para crescer como jogador, me dar ferramentas para atuar tanto como extremo como centroavante, ou até atrás do 9. Serviu como crescimento nesse ponto de vista”, analisou.
Além disso, o atleta comparou o futebol jogado no México, no Uruguai e no Brasil, com o brasileiro sendo o mais intenso e com maior número de transições rápidas entre ataque e defesa. Já o mexicano é disputado “mais em blocos”, enquanto o uruguaio tem “uma velocidade menor”. Ele concluiu declarando o esporte atuado por aqui como o melhor da América do Sul atualmente.
“A diferença entre o futebol mexicano para cá é que aqui se pratica um futebol de maior transição, de defesa para o ataque mais rápido, de muita ida e volta. Então, tenho que me adaptar a isso. O futebol mexicano é mais em blocos. O futebol uruguaio acredito que tenha uma velocidade menor que aqui. Aqui vejo muita competitividade, grandes equipes e jogadores, uma liga muito forte, a melhor do futebol sul-americano hoje”, finalizou.
Por fim, já regularizado no BID da CBF, Maximiliano Silvera fica à disposição do técnico Diego Aguirre para o jogo entre Santos e Cruzeiro, na próxima quinta-feira, às 19 horas (de Brasília), na Vila Belmiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro Praiano ocupa a 17ª posição da competição, com 21 pontos – um a menos que o Bahia, primeiro clube fora do Z4.