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·05 de setembro de 2024
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·05 de setembro de 2024
O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos ao qual o zerozero se uniu. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.
Sendo certo que, nos dias de hoje, é fácil associar o Wolverhampton ao futebol português, a verdade é que, em 2003/04, Silas foi o primeiro jogador luso a atuar na 'alcateia'. Apesar de ter chegado a Inglaterra com pompa e circunstância, o antigo médio teve algumas dificuldades em adaptar-se.
«Em Inglaterra foi um bocadinho mais difícil. Em Espanha estava sempre com os meus colegas, até porque o próprio clima convida a que vás beber um café e socializes um pouco. Não sei bem como as coisas estão agora, mas, no meu tempo, o facto de as lojas fecharem entre as 14h e as 17h dava para as pessoas descansarem e ficarem mais dispostas para conviver à noite», começou por contar, indo ainda mais longe:
«Em Inglaterra não vês ninguém na rua a partir das 15h. Se quiseres ir beber um copo... Por exemplo, jantares de equipa em Inglaterra? Às 20 horas, a maior parte da equipa já estava bêbeda. A essa hora já estavam arrumados, bebiam a sério [risos]. Em Espanha não. Lá começávamos a jantar às 22h e depois íamos beber um copo quando podíamos. Ao sábado à noite nem precisávamos de combinar, tínhamos um ponto de encontro definido e a partir daí é que decidíamos onde íamos jantar e onde íamos sair.»
O agora treinador terminou esta temática recordando um jogador em específico com quem se cruzou. «A vida social era muito diferente, em Inglaterra era mais difícil. Por exemplo, o Paul Ince jogou comigo no Wolverhampton- foi um capitão espetacular- e ele ia e vinha para/de Liverpool todos os dias de chauffeur. Fazia 1h30 de viagem. Tínhamos jogadores a viver em sítios muito dispersos, ao contrário do que acontecia em Ceuta», rematou.
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