Shevchenko: “Tenho muito orgulho de ser ucraniano. Precisamos parar a guerra” | OneFootball

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·03 de março de 2022

Shevchenko: “Tenho muito orgulho de ser ucraniano. Precisamos parar a guerra”

Imagem do artigo:Shevchenko: “Tenho muito orgulho de ser ucraniano. Precisamos parar a guerra”

Andriy Shevchenko é um dos mais importantes jogadores da história do futebol europeu. É ucraniano, nascido em Dvirkivshchyna, ainda quando o território era União Soviética, em 1976. Além de um atacante do mais alto nível, ele foi técnico da seleção ucraniana e comandou o time na Eurocopa 2020 (jogada em 2021). Em Londres, Sheva comentou sobre a situação dramática do seu país, onde a sua família está e se recusa a sair.


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“Falo com meus pais, falo com minha mãe e digo que quero voltar, mas meus sentimentos estão aqui agora, falamos sobre o que está acontecendo e sobre a verdadeira tragédia que o povo ucraniano está enfrentando no momento”, disse Shevchenko em entrevista à Sky Sports.

“Meu pensamento é tentar fazer as pessoas entenderem a situação, o lado humano do que da situação que estamos enfrentando. Tentei falar com a fundação, levantar dinheiro e ajudar sociedade ucraniana lá”, contou ainda o atacante.

“Tenho muito orgulho de ser ucraniano. É um momento muito difícil para o meu país, meu povo, minha família. Minha mãe e irmã estão em Kiev no momento e coisas terríveis aconteceram lá. As pessoas morrendo, crianças morrendo, mísseis sendo apontados para as nossas casas”.

“Precisamos parar essa guerra, precisamos encontrar um jeito de parar a guerra. Temos refugiados, precisamos de ajuda humanitária. Precisamos de apoio médico, apoio de comida. Sinto que posso fazer muito aqui e irei fazer”.

O atacante contou que queria tirar a família do país, mas eles não aceitaram. “Tentei muitas vezes. Falei com eles, mas a resposta é não. Eles querem continuar lá. Esse é o espírito ucraniano”, contou.

Shevchenko comentou sobre a medida da Fifa, que baniu a seleção russa das Eliminatórias da Copa 2022. “É uma grande reação das instituições como a Uefa e a Fifa de tomarem a decisão certa. Não acho que é uma decisão difícil. Quando você ataca um país, quando você começa a mandar bombas e soldados, não é um conflito, é uma verdadeira guerra”.

“Enquanto a guerra não parar, acho que é a decisão certa não permitir qualquer atleta russo de participar de um evento esportivo. O futebol não existe para mim mais. Não penso nisso. Não é o momento disso. Não estou assistindo nada, nenhum esporte, nada”, afirmou o ex-atacante.

“Toda minha concentração, quando acordo, penso em como ajudar meu país, o que posso fazer. Comecei a lidar para meus pais, meus amigos, receber atualizações do que está acontecendo na Ucrânia. Para mim, esse é o meu campo, essa é a minha concentração agora”.

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