Shakhtar começa turnê europeia para arrecadar fundos de apoio ao povo ucraniano | OneFootball

O futebol pode não ter o poder direto de impedir ou interromper uma guerra, mas poucas manifestações culturais possuem tanta força quanto esse esporte, algo que já foi provado historicamente ao longo do último século. Em meio a uma guerra que está destruindo a Ucrânia, o Shakhtar voltou a jogar pela primeira vez desde a invasão do país pela Rússia.

Protagonizando uma excursão para arrecadar fundos pelo povo ucraniano, a equipe alaranjada começou sua turnê europeia amistosa enfrentando o Olympiakos, em Atenas. A partida, realizada no último sábado (9), terminou em 1 a 0 para os gregos, diante de 5 mil torcedores nas arquibancadas do Georgios Karaiskakis.

A nota triste desse encontro fica por conta da ausência da torcida organizada Gate 7, do Olympiakos, que boicotou o jogo alegando que possui laços com equipes rivais do Shakhtar. Não ficou claro a quem eles se referiam, mas se sabe que a torcida dos gregos possui estreitas relações com os Delije, ultras do Estrela Vermelha de Belgrado, e com a Fratria, do Spartak Moscou.

Questões políticas à parte, o diretor de futebol do Olympiakos, Christian Karembeu, comemorou o jogo com o Shakhtar: “Queremos usar o futebol para a paz, estamos orgulhosos de receber esse evento para conscientizar o o público sobre os horrores da guerra”, declarou o ex-meia.

Do lado do Shakhtar, o diretor Sergei Palkin deu uma declaração no mesmo sentido: “Precisamos falar sobre guerra e a paz na ucrânia nesses jogos. Essa loucura precisa acabar para que possamos reconstruir nosso país e retomar nossas vidas”, apelou.

Neste e nos próximos compromissos, o Shakhtar utiliza uma bandeira da Ucrânia na camisa, com nomes das cidades arrasadas pela invasão russa. Ao longo de abril, o time de Donetsk enfrentará o Lechia Gdansk, no dia 14; o Fenerbahce em Istambul, no dia 19, e encerrará a viagem em Split, na Croácia, contra o Hajduk, em 1º de maio.