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·23 de fevereiro de 2023
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O zagueiro Sergio Ramos anunciou a sua aposentadoria da seleção espanhola, nesta quinta-feira (23). O defensor de 36 anos publicou em suas redes sociais uma carta revelando que Luis de la Fuente, atual técnico da Espanha, informou que não conta mais com ele.
– Hoje pela manhã recebi uma ligação do atual treinador que me disse que não conta e que não contará comigo, independentemente do nível que eu possa mostrar ou como eu continuar minha carreira esportiva – diz um trecho da carta.
– Acredito humildemente que esta trajetória merecia terminar por decisão pessoal ou porque o meu desempenho não esteve à altura do que a nossa Seleção merecia, mas não por idade ou outras razões que, sem os ter ouvido, tenho sentido – completou o espanhol.
O zagueiro havia disputado sua última partida com a Espanha no dia 31 de março de 2021, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, na vitória por 3 a 1 contra a seleção de Kosovo. Deste então o jogador sofreu com lesões, incluindo uma cirurgia no menisco esquerdo, em 2021.
Sergio Ramos atuou em 180 jogos pela seleção espanhola, anotando 23 gols. O defensor foi peça importante nas conquistas da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e nas duas Eurocopas, na Áustria e Suíça, em 2008, e na Polônia e Ucrânia, em 2012.
Confira o anúncio traduzido
“Chegou a hora, a hora de dizer adeus à Seleção, nossa querida e empolgante Roja. Hoje pela manhã recebi uma ligação do atual treinador que me disse que não conta e que não contará comigo, independentemente do nível que eu possa mostrar ou como eu continuar minha carreira esportiva.
Com muito pesar, chegou ao fim uma jornada que esperava que fosse mais longa e que terminasse com um sabor melhor na boca, a altura de todos os sucessos que temos conseguido com o nosso Roja. Acredito humildemente que esta trajetória merecia terminar por decisão pessoal ou porque o meu desempenho não esteve à altura do que a nossa Seleção merecia, mas não por idade ou outras razões que, sem os ter ouvido, tenho sentido. Porque ser jovem ou menos jovem não é uma virtude ou um defeito, é apenas uma característica temporária que não está necessariamente relacionada ao desempenho ou habilidade. Olho com admiração e inveja para Modric, Messi, Pepe… a essência, a tradição, os valores, a meritocracia e a justiça no futebol.
Infelizmente não será assim para mim, porque o futebol nem sempre é justo e o futebol nunca é só futebol.
Por tudo isto, assumo com esta tristeza que vos quero partilhar, mas também de cabeça erguida e muito grato por todos estes anos e por todo o vosso apoio. Levo comigo memórias inesquecíveis, todos os títulos pelos quais lutamos e festejámos juntos, e o enorme orgulho de ser o jogador espanhol com mais jogos pela seleção. Esse escudo, essa camisa e essa torcida, todos vocês, me deixaram feliz. Da minha casa continuarei a torcer pelo meu país com a emoção do privilegiado que o pôde representar 180 vezes com orgulho. Obrigado do fundo do meu coração a todos vocês que sempre acreditaram em mim!”
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