Sereias da Vila mandam recado no Dia Internacional contra Homofobia | OneFootball

Fernanda, Bia Menezes e Gi Oliveira, atletas do Santos (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

É celebrado nesta terça-feira o Dia Internacional contra a Homofobia. No dia 17 de maio de 1990, a população LGBTQIA+ conseguiu que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirasse a homossexualidade das estatísticas entre doenças e problemas relacionadas à saúde.

Mais cedo, as redes sociais do Santos se pronunciaram sobre a causa com a mensagem: “Sempre do lado do amor. Nunca do lado do preconceito. Santos, o time do amor”. As jogadoras das Sereias da Vila, Gi Oliveira, Fernanda e Bia Menezes, deram importantes declarações em um vídeo divulgado pelo clube sobre essa luta.

Fernanda, que passou muito tempo jogando no futebol sueco, falou sobre as diferenças de leis em relação ao Brasil e o extremismo em território nacional. Vale destacar em 2003, a Suécia mudou constituição e passou a ser proibido por lei o discurso de ódio baseado em orientação sexual.

“O Brasil é um país muito homofóbico, né?! Eu até falei com as meninas, nós somos extremistas em tudo que fazemos. Futebol, religião, homofobia. Eu acho que as leis na Suécia são mais rigorosas, por isso eu acho que não tem problema nenhum, e não tem que ter. Cada um faz o que quiser da vida”, disse Fernanda.

Já Bia Menezes comentou sobre a importância da família na aceitação. A jogadora também destacou que essa luta será, por toda vida, constantemente presente na sociedade.

“Nossa expressão não só dentro de campo como fora também. Aceitação da família é importante também, sei que tem meninas que ainda tem esse receio por conta da aceitação dentro de casa, sofre com isso. Mas expor o que você sente e o que você é, não é crime. Toda forma de amor é válida e a gente acredita muito que o amor liberta. Sofremos com essa luta, mas sabemos que é constante e lutamos todos os dias”, falou Bia Menezes.

A meio-campista Gi Oliveira lamentou comentários preconceituosos na sociedade atual e fez uma importante declaração sobre pessoas que ainda escondem quem são por conta do medo do que vão enfrentar no mundo.

“No nosso país ainda sofremos muito preconceito. Isso é triste, não podemos cultivar ódio por uma opção sexual. Isso é inadmissível, isso é crime. Por isso ainda passamos por coisas assim, têm pessoas que ainda escondem quem ela é de verdade, por medo de pessoas assim, por medo da sociedade. Somos todos iguais, não é por que gosta de mulher ou de homem que vai mudar quem eu sou, meu caráter”, declara.