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·23 de outubro de 2021

Sem criatividade e mal coletivamente, Brasil perde para Austrália

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Do apito inicial ao final, o Brasil teve uma atuação inconsistente e sofreu a terceira derrota sob o comando de Pia Sundhage. Sem poder criativo, foi dominada pela Austrália e perdeu por 3×1, com gols de Polkinghorne, Fowler e van Egmond; Adriana fez o tento de honra brasileiro

Para o terceiro amistoso pós-ciclo olímpico, Pia Sundhage decidiu fazer novos testes. Em relação ao time que iniciou os 4×1 contra a Argentina, na cidade de João Pessoa, foram cinco mudanças: Bruninha ganhou vaga de Antônia – deslocada à zaga – na lateral direita, fazendo Daiane ser sacada dos 11. No meio-campo, Ary Borges, Ana Vitória e Andressa Alves entraram nos lugares de Debinha, Duda e Angelina, respectivamente; Gio Queiroz formou a dupla de ataque com Ludmila em vez de Marta.


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COMO FOI

Apesar das novidades na escalação brasileira, a partida começou com muito equilíbrio, mas tendo leve vantagem da Austrália. Além do fator casa, teve ainda o entrosamento entre as peças em seu favor, explorando a pouca criatividade e efetividade do Brasil ao atacar.

Com isso, as australianas passaram a ter um falso domínio do jogo, já que tiveram mais a posse. A forte marcação imposta por Pia, porém, segurou o ritmo e evitou a criação de lances perigosos, o que fez as Matildas tentarem encontrar a solução. Enquanto a Canarinho viu o contra-ataque como única arma, mas sem fluidez, as anfitriãs apostaram na bola aérea, dando sustos em faltas e escanteios.

Em um desses tiros livres, o duro golpe. Catley levantou na segunda trave, Kerr aproveitou falha de Tamires e escorou no meio da pequena área para Polkinghorne chegar, de carrinho, completando para o fundo do gol. A desvantagem até fez a Amarelinha se atirar ao campo ofensivo, contudo seguiu sem poder criativo e foi ao intervalo atrás no placar.

Para o segundo tempo, Pia voltou com quatro alterações buscando corrigir os erros do primeiro. Erika, Tamires, Gio Queiroz e Ludmila foram sacadas para as respectivas entradas de Tainara, Katrine, Adriana e Geyse, o que pareceu ter surtido efeito logo de início. As alterações deram mais mobilidade, principalmente, ao setor ofensivo, pois Kerolin serviu Adriana pela esquerda, que limpou a marcação e bateu para defesa de Williams.

Mesmo tendo criado a primeira boa oportunidade e buscando dar o ritmo, o Brasil voltou a ficar sem criatividade. Assim, a Austrália se postou mais retraída, tentando ir no erro brasileiro para sacramentar a vitória. E foi desse modo que chegaram ao segundo gol: van Egmond cruzou nas costas de Katrine e Fowler, sozinha, cabeceou firme.

Apesar disso, a Canarinho não se abateu em campo e diminuiu logo na sequência. Após Kennedy se atrapalhar na saída, Adriana pressionou, desarmou e só teve o trabalho de chutar tirando do alcance da goleira australiana, dando sobrevida. Isso fez com que a treinadora promovesse Marta e Debinha nos lugares de Kerolin e Ana Vitória, mantendo o 4-4-2, porém dando maior ofensividade à equipe.

Em vez de se aproximar do empate, as brasileiras voltaram a dar descuidos em fase defensiva e viram a desvantagem ampliar. Kerr fez boa jogada pela esquerda e tocou para Catley, que cruzou na área; Andressa Alves vacilou e van Egmond chegou batendo de primeira, sem dar chances a Lelê e deu números finais ao duelo.

Veja os melhores momentos da partida:

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