Gazeta Esportiva.com
·24 de março de 2021
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“Direitos humanos, dentro e fora de campo”: com essa mensagem na camisa, os jogadores da seleção norueguesa denunciaram nesta quarta-feira, por ocasião da partida em Gibraltar contra a seleção local, no início das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo-2022, a situação dos trabalhadores migrantes no Catar, país anfitrião do torneio no próximo ano.
Erling Haaland, Martin Odegaard e seus companheiros noruegueses exibiram uma camisa branca com essas palavras em preto enquanto os hinos soavam, antes do início do jogo no Victoria Stadium, em Gibraltar.
Na terça-feira, seu treinador havia declarado que sua equipe iria “pressionar a Fifa para ser ainda mais direta, ainda mais firme, perante as autoridades do Catar e impor exigências mais rígidas”, sem revelar qual seria o gesto pretendido.
Martin Odeegard, capitão da equipe, explicou que “muitos (jogadores) estão interessados no assunto, se preocupam e querem fazer algo para tentar contribuir” para uma melhoria da situação.
Vários clubes noruegueses defendem que a Noruega boicote a Copa do Mundo de 2022 após as revelações do jornal britânico The Guardian de que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Catar desde que o país foi escolhido para sediar o torneio, em 2010.
O futebol norueguês examinará esse possível boicote em um Congresso no dia 20 de junho.
De acordo com uma pesquisa publicada nesta segunda-feira no jornal Verdens Gang (VG), 55% dos noruegueses acreditam que seu país deveria boicotar o evento, enquanto 20% são contra a medida.
A Noruega, que não participa da fase final de uma grande competição de futebol masculino desde a Euro 2000, faz parte do grupo G das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2022, junto com Holanda, Turquia, Montenegro, Letônia e Gibraltar.