Território MLS
·18 de novembro de 2020
Território MLS
·18 de novembro de 2020
Após anos de muita incerteza, os torcedores da seleção mexicana certamente tem motivos para ter esperança em 2020. Na última data FIFA deste ano, a equipe de Tata Martino venceu Coréia do Sul e Japão em amistosos disputados nos dias 14 e 17, respectivamente.
Após vencer Holanda e empatar com a Argélia em Outubro, El Tri tinha como seu maior desafio manter a constância não apenas de bons resultados, mas de atuações que trouxessem confiança no futebol apresentado.
Em seu primeiro jogo da turnê pela Austria, uma vitória de 3 a 2 contra a Coréia, que criou dificuldades ao ataque mexicano, mas deixou espaços fundamentais em sua retaguarda, até que Raúl Jiménez, Uriel Antuna e Carlos Salcido marcassem três gols seguidos em apenas três minutos. E pelo que se viu em campo, a vitória poderia ter sido mais elástica se não fossem os muitos erros de finalização e os lapsos na transição defensiva.
Já na partida diante do Japão, o México mostrou os mesmos erros defensivos contra um adversário mais qualificado que o anterior, mesmo sem com nomes importantes em Kubo e Minamino. Erros estes que só não custaram a derrota no primeiro tempo devido a (mais) uma atuação monumental de Guillermo Ochoa com a camisa da Tri.
Mas se há uma coisa que essa geração possui de diferente é a qualidade de seus jogadores, sejam os locais, como Orbelín Pineda (Cruz Azul/MEX) e Henry Martin (Club América/MEX), até as internacionais estrelas como Hirving Lozano (Napoli/ITA) e Raúl Jimenez (Wolves/ING), que resolveram o jogo com dois gols em um intervalo de cinco minutos.
Raúl Jimenez ainda entrou para história como o 10° artilheiro de todos os tempos da seleção, empatado com nada mais nada menos que Hugo Sánchez, com 27 tentos marcados.
É necessário também destacar as variações táticas de Martino, que iniciou jogando em um 4-3-3 no jogo contra a Coreia, usando um tridente de ataque com Jesús Corona (Porto/POR), Jimenez e Lozano, apostando na velocidade dos pontas. Já partida contra o Japão, um 4-1-2-3, com Luis Romo (Cruz Azul/MEX) funcionando como um líbero e Rodolfo Pizarro (Inter Miami) no lugar do “Tecatito” Corona, que marca a troca da intensidade de um pela visão e técnica do outro, embora o camisa 10 do Inter Miami tenha feito partidas até certo ponto discretas.
Diante das duas melhores seleções do futebol asiático, a equipe tricolor mostrou virtudes e defeitos que precisam ser ressaltados e corrigidos pelo treinador Argentino, que se ainda não é unanimidade, passa cada vez mais segurança ao torcedor e amante do futebol mexicano, como há muito não se via por lá.
Em dois anos, São 18 vitórias, dois empates e apenas uma derrota desde que o ex-treinador do Atlanta United assumiu o comando da seleção mais vencedora da CONCACAF. Com as duas derrotas da Colômbia na presente data FIFA, o México tem grandes chances de terminar o ano entre os 10 primeiros do Ranking da FIFA.
(Capa: Reprodução Twitter/Mexican National Team)