Gazeta Esportiva.com
·14 de outubro de 2024
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A seleção nigeriana está vivendo uma situação delicada. A delegação está presa em um aeroporto na Líbia a mais de 12 horas. Os países se enfrentariam nesta terça-feira pela Copa Africana das Nações, entretanto, o capitão William Troost-Ekong informou na madrugada desta segunda-feira que a equipe da Nigéria não disputará mais a partida.
O jogador ainda afirmou que, inicialmente, o voo deveria pousar em Benghazi, local do duelo, mas a rota foi alterada no meio da viagem sem motivo explicado. Ele ainda explicou que a equipe foi rejeitada nos hotéis da região.
“Mais de 12 horas em um aeroporto na Líbia. O governo líbio negou nosso pouso aprovado em Benghazi sem motivo. Eles trancaram os portões do aeroporto e nos deixaram sem conexão telefônica, comida ou bebida. Tudo para fazer jogos mentais. Como capitão, juntamente com a equipe, decidimos que NÃO jogaremos este jogo”, escreveu em seu perfil no X.
“Nós respeitamos nossos oponentes quando eles são nossos convidados na Nigéria. Erros acontecem, mas essas coisas de propósito não têm nada a ver com futebol”, acrescentou.
Algumas horas depois, William Troost-Ekong atualizou a situação. Ele comunicou que uma aeronave já está sendo abastecida e que a delegação retornará para a Nigéria em breve.
“Poder das mídias sociais. Aparentemente, nosso avião está sendo abastecido enquanto falamos e devemos partir para a Nigéria em breve. Obrigado pelo apoio de todos!”, informou.
Vendo a situação, a Confederação Africana de Futebol (CAF), se pronunciou sobre o assunto e disse que tomará as medidas necessárias.
“A Confederação Africana de Futebol (CAF) entrou em contato com as autoridades líbias e nigerianas após ter sido informada de que a Seleção Nigeriana de Futebol (”Super Águias”) e sua equipe técnica ficaram retidas em condições perturbadoras por várias horas em um aeroporto onde teriam sido instruídos a pousar pelas autoridades líbias”, foi dito no comunicado.
O assunto foi encaminhado ao Conselho Disciplinar da CAF para investigação e medidas apropriadas serão tomadas contra aqueles que violaram os Estatutos e Regulamentos da CAF”, acrescentaram.
Quem também comentou da situação foi o principal jogador da equipe, o atacante Victor Osimhen. O jogador ficou fora da viagem por conta de uma lesão, mas não deixou de apoiar seus companheiros.
“Estou desiludido com o tratamento injusto que os meus irmãos e treinadores estão enfrentando em um aeroporto da Líbia. Ações como esta vão contra o espírito esportivo. Deixo o meu apoio à minha equipe, sei que vão se manter fortes, apesar destes obstáculos. Apelo à Confederação Africana e outros organismos de futebol que intervenham. Os meus companheiros de equipe e treinadores ainda estão retidos no aeroporto na Líbia. Isto é desumano. Estamos juntos, mais fortes do que nunca”, escreveu em seu Instagram.