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·11 de maio de 2024

Se me vais deixar...

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...Leva-me contigo. O título da célebre música de Tony Carreira podia bem resumir o jogo entre o Vizela e o Estrela da Amadora. Os da casa venceram por 4-0, numa partida em que os tricolores precisavam de vencer para entrarem  mais tranquilos na última jornada do campeonato. O Estrela fez, muito provavelmente, o pior jogo da temporada. Apáticos, inoperantes e desinspirados, os comandados de Sérgio Vieira foram uma sombra de si mesmos na tarde solarenga do Minho. O Vizela vai para a Segunda Liga, mas o Estrela pareceu ter vontade de os acompanhar.

O pináculo da instabilidade

Os primeiros minutos de jogo foram tudo, menos futebol. Mal Luís Godinho apitou para o início da partida, uma multidão virou-se para a zona onde estavam os dirigentes vizelenses e começou a contestação, já habitual. Joaquim Ribeiro, Toni Dovale, Rúben de la Barrera e Lacava foram os principais visados dos cânticos e apupos dos adeptos vizelenses. Enquanto isso, o Vizela chegava-se à frente e mostrava-se superior ao Estrela dentro das quatro linhas.


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Numa fase em que os protestos ainda não haviam terminado, os da casa chegaram ao golo. Lokilo penetrou a área pela direita, rematou, Brígido defendeu mas na recarga, o capitão Samu encostou para o primeiro. Vantagem justa diante de uma equipa tricolor muito longe da imagem competitiva que tem deixado ao longo de toda a temporada. Samu, na quinta temporada de rainha ao peito, foi homenageado pouco depois, com muitos aplausos ao minuto 20´, número da sua camisola.

Sérgio Vieira, insatisfeito com a prestação da equipa, recorreu ao banco desde cedo. Jean Felipe rendeu Hewetton aos 31´, Kikas e Nilton entraram para os lugares de Rúben Lima e Pedro Mendes (lesionado). Estas alterações não surtiram muito efeito até ao fim do primeiro tempo, com o Vizela, no meio de um mar de instabilidade, a ser a equipa mais coesa em campo.

Estrela decadente

Sérgio Vieira aplicou a quarta substituição ao intervalo, lançando Regis para o ataque, mas a equipa continuou inoperante. Passividade enorme e capacidade nula do ataque estrelista, que não conseguia aproveitar os espaços deixados pelo Vizela, que nunca abdicou da pressão alta. O resultado? Segundo do Vizela. Lacava e Samu, os melhores do Vizela, combinaram e o venezuelano assistiu Soro para o aumentar da vantagem. Não era este soro que a equipa tricolor precisava, mas ficou ainda mais ligada às máquinas.

Em caso de derrota, o Estrela deixaria tudo em aberto para a última jornada, ainda sem saber o resultado do Portimonense diante do Rio Ave, que poderia deixar já a equipa em lugar de play-off nesta jornada. Perante a mediocridade da sua equipa e já sem jogadores para lançar, Sérgio Vieira cruzou os braços, mas no momento seguinte viu logo o Vizela aplicar a chapa 3. Transição, Soro assistiu Matheus Pereira que, depois de deitar Jean Filipe, deixou Brígido pregado ao relvado e encostou para o terceiro. Tudo fácil, até para uma equipa já despromovida.

A apatia generalizada dos homens do Estrela dava para o Vizela fazer o que queria. Em mais um contragolpe, Matheus serviu, de costa a costa, Hugo Oliveira e o jovem lateral anotou o seu primeiro golo na equipa principal vizelense. Samu saiu e voltou a ser ovacionado de pé por todo o estádio, naquele que poderá ter sido o seu último jogo em casa pelo Vizela, visto que está em final de contrato.

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