Scott Parker não resistiu à traulitada do Benfica e foi demitido do Club Brugge após 12 jogos | OneFootball

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·08 de março de 2023

Scott Parker não resistiu à traulitada do Benfica e foi demitido do Club Brugge após 12 jogos

Imagem do artigo:Scott Parker não resistiu à traulitada do Benfica e foi demitido do Club Brugge após 12 jogos

O Club Brugge foi do céu ao inferno em pouquíssimo tempo nesta temporada. A campanha na fase de grupos da Champions League teve contornos históricos, com resultados marcantes contra Atlético de Madrid, Porto e Bayer Leverkusen. A equipe, porém, não vinha bem no Campeonato Belga e resolveu demitir o treinador Carl Hoefkens em dezembro. A decisão se provou um baita tiro no pé, porque a aposta em Scott Parker não vingou. E, depois de apenas 12 partidas, o inglês também foi demitido. Não resistiu à eliminação nas oitavas da Champions League, com os 7 a 1 para o Benfica no placar agregado.

O Club Brugge tinha se visto forçado a trocar de treinador duas vezes na última temporada. Os belgas pagavam o preço por seu sucesso na liga local. Philippe Clement havia conquistado duas vezes o Campeonato Belga, quando aceitou uma proposta para dirigir o Monaco em janeiro de 2022. Quem assumiu no lugar foi Alfred Schreuder, que manteve a toada e faturou o tri nacional. Todavia, antigo assistente do Ajax, o comandante aceitou a oferta para se tornar o substituto de Erik ten Hag em Amsterdã. Assim, Carl Hoefkens foi promovido ao cargo de técnico principal após três anos como auxiliar.


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Hoefkens conseguiu algo que seus antecessores não tinham registrado: uma campanha fantástica na Champions League. O Club Brugge teve momentos dignos de sonho, especialmente nos 4 a 0 sobre o Porto e nos 2 a 0 para cima do Atlético de Madrid. A classificação por antecipação premiava o desempenho acima das expectativas dos belgas. O problema se concentrava nos torneios domésticos. O Brugge até venceu nove partidas nas primeiras 13 rodadas da liga, mas os tropeços permitiram que o Genk disparasse na liderança. Já a partir de outubro, a sequência de resultados se tornou ruim. Foram apenas quatro vitórias em 13 partidas, por todas as competições. O time ficou a 12 pontos dos líderes na liga e ainda se despediu da Copa da Bélgica goleado pelo St. Truiden.

Dá para discutir se a decisão de demitir Hoefkens não foi precipitada. O Club Brugge desconsiderou o sucesso anterior e a experiência do técnico no clube para dispensá-lo quando a má fase apertou. E tal erro se escancarou um pouco mais com Scott Parker. Não é que o inglês, antigo comandante do Fulham e do Bournemouth, tenha melhorado a situação. Pelo contrário, os resultados se tornaram ainda piores. O Brugge só venceu dois jogos nos 12 compromissos com o novo técnico. Começou logo derrotado pelo líder Genk no Campeonato Belga. Sofreu com os muitos empates na liga, além de tomar um 3 a 0 do Oostende no último final de semana. Já os embates contra o Benfica serviram de pá de cal.

Por aquilo que o Club Brugge apresentou na fase de grupos da Champions, dava para imaginar que o time conseguisse pelo menos competir com o Benfica. Os encarnados claramente possuem mais recursos e vinham em fase superior, mas os belgas surpreenderam quando foram azarões. Contudo, a imposição dos benfiquistas ficou bastante clara. Primeiro, com a vitória por 2 a 0 na visita à Bélgica, que encaminhava a classificação. Já nesta terça-feira, dentro do Estádio da Luz, os lusitanos deram um show. Foi uma partidaça das Águias, com golaços e o atropelamento por 5 a 1. Era óbvio que Scott Parker não duraria.

A diretoria do Club Brugge pode se remoer da decisão de demitir Carl Hoefkens. Mas, neste momento, tem uma outra pedida dando sopa no mercado: Alfred Schreuder. O trabalho do técnico na volta ao Ajax foi péssimo e ele também perdeu o emprego no meio da temporada. Agora, encontra o banco de reservas vazio para retomar seu emprego no Brugge. Mas, a esta altura, ele não será suficiente nem para uma reviravolta no Campeonato Belga e nem para conseguir algo na frente continental. Aliás, o time precisa tomar cuidado para não deixar escapar a vaga na próxima Liga Europa ou mesmo na Conference. Ir para a Champions 2023/24 já soa bem difícil.

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