Glorioso 1904
·01 de junho de 2025
Saída de Bruno Lage do Benfica? Há quem defenda: "Pagou faturas que não eram dele"

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·01 de junho de 2025
Terminada a época desportiva em Portugal, o Benfica procura recompôr-se a tempo de participar no Mundial de Clubes e, mais tarde, entrar com o pé direito em 2025/26. No entanto, no rescaldo de uma época que prometia tudo e que acabou por desiludir, há quem isente Bruno Lage, considerando que o treinador "pagou faturas que não eram dele".
Na crónica semanal ‘A bola é redonda’, publicada pelo jornal A Bola, Nélson Feiteirona fez uma rápida análise do que aconteceu em 2024/25 para os lados do Estádio da Luz e constatou que o resultado ficou muito aquém do que a exigência dos encarnados assim pedia da equipa e do treinador.
“A exigência no Benfica e dos adeptos do Benfica é, realmente, muito grande. Ganhar apenas uma Taça da Liga na época, mesmo que o campeonato tenha sido perdido na última jornada e que a Taça de Portugal tenha escapado apenas no jogo da final. Doeu mais, aos benfiquistas, também porque foi contra o principal e mesmo rival: o Sporting”, começou por escrever.
De seguida, recordou que a responsabilidade é sempre do técnico, mas defende que o setubalense não está em risco: “A equipa teve tudo para ser feliz, mas desperdiçou a oportunidade durante a temporada, em mais do que uma ocasião. E nesse sentido não foi competente. A responsabilidade imediata é sempre do treinador; Bruno Lage assumiu-a publicamente. Dito isto, faria sentido mudar de treinador para a nova época? Creio que não”.
Nélson Feiteirona: “A responsabilidade imediata é sempre do treinador; Bruno Lage assumiu-a publicamente”
O jornalista isenta o Benfiquista, uma vez que não começou a temporada com as águias. “Lage também pagou faturas que não eram dele. Os maus resultados nas primeiras jornadas da Liga, com o alemão Roger Schmidt ao leme, o distanciamento dos adeptos, uma equipa destroçada, que jogava um futebol que ninguém percebia. A tudo isto o treinador do Benfica foi dando boas respostas”, acrescentou.
Por fim, salienta a importância da continuidade do setubalense, mas sem descartar mudanças, caso aconteçam: “Preparar e começar uma época com um plantel escolhido por ele trará mais justiça a todas as análises. Para o Benfica, mudar o treinador agora, a filosofia, as ideias, provocar um contexto de nova adaptação à realidade do clube, e eventualmente do futebol português, parecer-me-ia bem mais arriscado. Claro que um novo nome, sobretudo se for um nome forte, traria mais sonhos aos adeptos e uma expetativa que teria tanto de boa, como de perigosa”