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·22 de setembro de 2020

Sai que é sua, Taffarel: a história do arqueiro do Brasil

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A coluna Nostalgia Brasileira desta semana conta a história de Cláudio André Mergen Taffarel, ou simplesmente Taffarel. O arqueiro é reconhecido como um dos principais jogadores da história da Seleção Brasileira e como o goleiro que mais vestiu a camisa verde e amarela. Marcou seu nome, principalmente, por ser um especialista em defender pênaltis. Com isso, ganhou até um bordão entoado por torcedores até os dias de hoje. Afinal, quem nunca ouviu a frase “Sai que é sua, Taffarel”?

Cláudio André Mergen Taffarel, 54, nasceu em 8 de maio na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. Veio de família humilde com descendência italiana e alemã. Tinha a intenção, inicialmente, de ser militar. Contudo,  foi no esporte que encontrou sua grande paixão. Sua carreira teve início aos 17 anos no Tupi de Crissiumal, time do interior gaúcho. Logo após, Cláudio realizou testes no Grêmio, mas foi reprovado.


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Então, em 1985, tentou a sorte no Internacional. Somente na terceira tentativa conseguiu, enfim, uma vaga no Colorado. Em setembro daquele mesmo ano, Cláudio, como ainda era conhecido, conquistou a titularidade na equipe, visto que era ágil e seguro no gol. Assim, contribuiu para que o Inter fosse duas vezes vice-campeã0 do Brasileirã0 (1987 e 1988).

CHEGADA À SELEÇÃO

As boas atuações do arqueiro com a camisa vermelha e branca chamou a atenção do técnico da Seleção Olímpica. Dessa forma, Carlos Alberto Silva convocou Taffarel para os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Em sua primeira aparição para o mundo, o goleiro fez defesas importantes. No torneio, sofreu apenas dois gols até levar o Brasil a final da competição, contra a União Soviética. Entretanto, na decisão, a Canarinho perdeu por 2 x 1 e, assim, ficou apenas com a medalha de prata.

O desempenho de Taffarel, não só no torneio, como também no Campeonato Gaúcho, fizeram com o jogador chegasse à Seleção principal no ano de 1989. Sebastião Lazaroni levou o arqueiro para a Copa América daquele ano, no Brasil. Em sete jogos disputados, foi vazado no gol apenas uma vez e, assim, conquistou seu primeiro título como profissional, consolidando-se na posição.

PEGADOR DEPÊNALTIS

Taffarel teve destaque inicial em 1985, na disputa do Campeonato Mundial Sub-20. Vestindo a camisa da Seleção, defendeu um pênalti no tempo normal na disputa contra a Nigéria. Assim, garantiu a vitória do Brasil por 2 x 0.

Depois, na Copa do Mundo de 1994, foi um dos principais responsáveis para a conquista do tetracampeonato brasileiro, já que defendeu o pênalti cobrado por Daniele Massaro, na finalíssima contra a Itália. Em seguida, na semifinal da Copa América, pegou duas cobranças na partida diante da Argentina.

Na Copa do Mundo de 1998, na França, alcançou o auge da carreira como pegador de pênaltis. Desse modo, na fase semifinal contra a Holanda, em quatro cobranças, acertou o canto em duas e defendeu outras duas. Com isso, garantiu o triunfo por 4 x 2, levando o Brasil para a sua segunda final de Mundial consecutiva.

CARREIRA VITORIOSA

Por onde passou, Taffarel escreveu seu nome na história. Logo após ganhar a competição, o jogador se transferiu para o Parma, tornando-se o primeiro jogador brasileiro a defender um time italiano. Por lá, faturou a Copa da Itália de 1992 e a Recopa Europeia de 1993. Depois, foi emprestado ao Reggiana, também da Itália, onde permaneceu até 1994, sendo fundamental para ajudar a manter o clube na primeira divisão.

Vestindo a Amarelinha, Taffarel foi importantíssimo para a conquista do tetracampeonato mundial, em 1994. Ainda com a Canarinho, marcou presença nas Copas de 1990 e 1998 e conquistou as duas. Ademais, ganhou a Copa América duas vezes (1989 e 1997), um Pan-americano (1987) e medalha de prata em Seul (1988). Não à toa, tornou-se ídolo para os torcedores brasileiros. A saber, Taffarel é o goleiro que mais defendeu a Canarinho. Ao todo, atuou em 108 partidas. Sendo 64 vitórias, 31 empates e 13 derrotas.

Após retornar para o Brasil, em 1995, Taffarel vestiu a camisa do Atlético-MG. Com o Galo, conquistou o Estadual daquele ano, contribuiu para a conquista da Copa Conmenbol (1997) e também da Copa Centenário de Belo Horizonte, até deixar a equipe em 1998.

Antes de se despedir dos gramados, Taffarel retornou à Europa para viver o ápice da sua carreira no Galatasaray e em outros clubes da Turquia. Desse modo, também virou ídolo, somando ao todo seis taças: dois Campeonatos Turcos (1999 e 2000), duas Copas da Turquia, uma Copa da UEFA e, por fim, uma Supercopa da Turquia.

APOSENTADORIA

Um dos melhores goleiros da sua época que o mundo já viu pendurou as suas luvas em 2003, aos 37 anos. No entanto, até hoje, permanece no meio futebolístico. Taffarel é o atual preparador de goleiros da Seleção Brasileira.

Foto destaque: Reprodução/Shaun Botterill/Getty Images

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