Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos. Relembre a passagem do R10 pelo Fluminense | OneFootball

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·21 de março de 2020

Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos. Relembre a passagem do R10 pelo Fluminense

Imagem do artigo:Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos. Relembre a passagem do R10 pelo Fluminense

11 de julho de 2015. Essa foi a data que um dos maiores jogadores da história do futebol, Ronaldinho Gaúcho, assinava contrato com o Fluminense até o fim de 2016 e com um salário de 400 mil mensais mais algumas bonificações por camisas vendidas, partidas disputadas entre outras cláusulas. A negociação foi concluída pelo então presidente Peter Siemsen e o atual mandatário, Mário Bittencourt, na época, vice-presidente.

O Fluminense armou um projeto para trazer o gaúcho desde que o meia acenou que não ficaria no Querétaro-MEX. Um dos principais entraves na negociação, desde o início foi a vontade do atleta de ter garantias de pagamento em dia. As saídas de Wagner e Martinuccio (esse recebia em dólares e era um dos maiores salários do clube), abriram uma brecha na folha salarial, o que ajudou no pagamento do salário do craque. Ele foi apresentado para a torcida, no dia 19/07, no clássico contra o Vasco no Maracanã e fez seu primeiro jogo coma camisa tricolor logo contra o Grêmio, seu clube de coração e que o revelou para o futebol no dia 08 de agosto também no estádio Mário Filho. O Flu venceu por 1×0.


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Foi nesse período onde o plano começou a funcionar. Principalmente na questão envolvendo os sócios-torcedores, que na época, o Flu ainda engatinhava nesse modelo.

Do começo de julho até o fim de setembro, o Flu teve a segunda maior adesão percentual de sócios-torcedores em todo o Brasil, com um crescimento de 36,3% em seu quadro social, de acordo com o Movimento Por Um Futebol Melhor. Antes da chegada do R10, o clube das Laranjeiras registrava pouco mais de 25 mil sócios. Passado o período em ele esteve no Flu, o número saltou para 36,4 mi. O aumento, de exatos 11.391 sócios, foi o quinto maior do país em números absolutos. Isso sem contar a venda de camisas e receita de bilheterias. Os jogos do Flu ficavam bem cheios para ver o craque em ação.

Porém, Ronaldinho fez apenas 9 jogos pelo Flu. 7 pelo Brasileirão e 2 pela Copa do Brasil. Foram quatro vitórias, quatro derrotas e um empate. Nenhum gol marcado e nenhuma assistência para gol. Ainda tentou 17 cruzamentos, sendo 14 errados. Finalizou nove vezes, só quatro foram no gol. Deu 27 lançamentos, acertando apenas sete. O meia ainda contribuiu com cinco desarmes.

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Nos bastidores, os 80 dias de Ronaldinho no Fluminense foram de euforia à insatisfação. Nos treinos de manhã, algumas vezes, R10 chegava ao clube bem antes do horário determinado para o restante do elenco, o que gerava desconfiança entre a comissão técnica de que não estava com o sono em dia. Os copos de café e os cigarros acompanhavam-o com frequência. Quando outros jogadores estavam chegando para treinar, ele já havia ido embora. Eram demonstrações de que, aos 35 anos, a rotina de atleta profissional já não o cativava mais. Na vitória sobre o Goiás, no Maracanã, torcedores oscilaram entre aplaudir, como forma de incentivo, e vaiar. Fred, capitão e líder do elenco, pediu aplausos para Ronaldinho para incentivá-lo. O então técnico Enderson Moreira, não o colocava para jogar, gerando também um forte atrito. Os torcedores o culpavam pela má fase do Flu no Brasileirão. Enderson caiu e veio Eduardo Baptista, que chegou a dar chances para o jogador. Sem motivação, Ronaldinho chegou a falar com algumas pessoas que queria romper com o Flu, mas Assis, seu irmão e empresário, o motivava e o convencia a ficar.

Porém, no dia 28/09, o camisa 10 reconheceu que não estava rendendo e solicitou rescisão do seu contrato. Ambas as partes chegaram a comum acordo e o clube não teve custos com a rescisão. Após a saída, Mário Bittencourt avaliou a passagem do craque pelo Flu:

“Com relação a se pagar, eu costumo dizer que os atletas podem te dar três tipos de retorno: de visibilidade, técnico e financeiro. No caso do Ronaldinho, o retorno que a gente teve com ele foi enorme, a chegada dele transformou muitos números no clube, uma alavancada de uma série de situações, do ponto de vista do Flu foi uma oportunidade que trouxe retorno de marketing e visibilidade, retorno técnico, como todos viram, não houve”, declarou o atual presidente.

O Fluminense foi o último clube da carreira de Ronaldinho, que nos anos seguintes, apenas jogou partidas de exibição e jogos comemorativos pelo Brasil e pelo mundo. Onde ia, era sempre rodeado de fãs e muito alvoroço. Porém, recentemente, ele e seu irmão foram pegos com passaportes falsos no Paraguai e estão detidos no país sulamericano até hoje. Um triste fim para o duas vezes melhor jogador do mundo e um dos maiores da história.

ST

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