Jogada10
·10 de agosto de 2025
Roberto Assaf: Flamengo faz milagre diante do Mirassol

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·10 de agosto de 2025
O comentarista do SporTV disse que o Flamengo “é o melhor time do campeonato”. É de se imaginar o pior. E o que é o futebol brasileiro de hoje. Não se trata de o Mirassol ter uma equipe fraca – pelo contrário, no nosso cenário atual tem seus méritos. Mas é triste saber a dificuldade do Flamengo para vencer um rival estreante, do interior paulista, por 2 a 1, diante de quase 65 mil pessoas, no Maracanã.
Filipe Luis vai esticando a sua presença como técnico, segurando resultados, tomando sustos fabulosos, até a eliminação na Libertadores, prevista para o fim de agosto, e a decadência no Brasileiro, quando o time vai começar a perder muitos pontos e se distanciar do pelotão da frente. O técnico escala, substitui e justifica mal. Está tudo errado. Mas não se pode criticar muito não. O torcedor do Flamengo comemora porque ainda não compreendeu – ou não quer fazê-lo, como este time joga mal, praticamente em todas as partidas. E como será o fim da tragédia.
Roberto Assaf, colunista do Jogada10, analisa a vitória do Flamengo sobre o Mirassol Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Neste sábado, por pouco, o Maracanã quase testemunha um milagre: um gol de Allan.
O Mirassol, que fazia a primeira partida de sua história no Maracanã, pareceu assustado, no começo. Afinal, ofereceu terreno excessivo ao Flamengo, que pressionou, de qualquer forma, o adversário. Assim, fez 1 a 0 aos 18 minutos, com Léo Pereira, apanhando cruzamento de Samuel Lino.
O Rubro-Negro, fazendo uma partida sem inspiração, o que tem sido habitual, não conseguiu ampliar. Mas é importante destacar que depois de levar o gol, o time paulista, que já esboçara duas ou três jogadas ofensivas, deixou o receio de lado, e só não empatou porque Chico da Costa desperdiçou grande oportunidade aos 44, chutando para fora.
Não ocorreram mudanças no intervalo. O Mirassol, já ambientado, passou a mostrar o futebol que o mantém próximo dos primeiros colocados, e equilibrou definitivamente o jogo, procurando novamente o empate. Aos 12, Luiz Araújo substituiu Pedro, que vai acabar saindo Flamengo, diante de tantas obstruções que é obrigado a superar.
O Rubro-Negro não estava jogando nada. Arrastava-se em campo. Aos 22, Arrascaeta, que mesmo em dia ruim tem que ser mantido, deu um passe de mestre para Plata fazer 2 a 0. Aos 27, Gabriel – aquele mesmo, que jogou na Gávea, faz séculos – diminuiu com alguma facilidade: 2 a 1. E o Mirassol voltou a ameaçar. O time carioca, novamente com a vantagem mínima, fez um esforço para driblar as limitações e marcar o terceiro. Mas é fato que a partida estava longe da decisão.
O Maracanã, calado, orava pelo fim do confronto. Quando o árbitro acresceu mais cinco minutos, um calafrio percorreu geral. Aos 47, Matheus Bianqui quase empatou. A bola não entrou. Milagre. Quando o troço acabou, o alívio foi geral.
O fim da temporada será trágico. Haja “controle de cargo” para aturar.