Jogada10
·27 de maio de 2025
Roberto Assaf: E Carlinhos Ancelotti está entre nós

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·27 de maio de 2025
Carlo Ancelotti assumiu a Seleção Brasileira. A volta dos que não foram. E chegaram. Após um festival fantástico de bajulação, o novo treinador, cuja competência não está em discussão, soltou a primeira convocação. Uma ou outra polêmica. Nada de muito diferente do que já ocorreu. Atletas desconhecidos, que você não reconheceria na rua, meio time do Flamengo, e figurinhas carimbadas, de agora e de tempos anteriores.
Na realidade, a tarefa do italiano, como allenatore, é simples, até a Copa do Mundo, e bastante complicada, durante a competição. É óbvio que o Brasil vai ao torneio. Qualquer treinador, de qualquer nação, conquistaria a vaga. O problema é formar um time para ganhar o hexa.
O Brasil ainda possui talentos, sem dúvida, mas está atrasado em relação aos demais continentes. Sim, continentes, incluindo África e Ásia. Vamos excluir, de favor, a Oceania. Mesmo que a Nova Zelândia já tenha garantido seu lugar no Mundial. A nossa tragédia é tão grande que a CBF foi buscar um estrangeiro, fato sempre contestado, e descartado por décadas, desde 1914, quando tudo começou. A propósito, é assustador ouvir o ex-técnico do Real Madrid ressaltar que Luiz Felipe Scolari lhe deu conselhos.
Aliás, outro terrível obstáculo a ser vencido é reaproximar a Seleção Brasileira do torcedor, que não está hoje, positivamente ligado na sua existência e destino, desconhecendo, em muitas ocasiões, que há jogo válido por Eliminatórias a ser disputado. São raros o que estão preocupados com isso.
Com Ancelotti, Casemiro está de volta ao elenco Canarinho. Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Vale lembrar que o problema de Ancelotti não é só formar uma equipe, mas driblar a dificuldade de adaptação a um mundo estranho, a uma cidade com muitos percalços, a um país que positivamente não é para amadores, mesmo que vá viver cercado de cuidados distintos.
Mas vamos ser otimistas. Se Ancelotti conseguir transformar o que existe – pairando no ar – em algo concreto, ou seja, uma equipe para competir e convencer, praticando um futebol de qualidade, e for campeão, o italiano receberá consagração jamais observada, em tempo algum.